Será que, em algum momento, em algum lugar, não houve uma situação em que você pudesse ser prestativo e, assim, causar uma percepção positiva a alguém?
Será que nunca ninguém pediu ajuda para você e, nesse momento, você poderia mostrar o quão prestativo você poderia ser?
Será que você nunca esteve próximo de um problema com o qual ninguém quisesse se envolver, porque era muito trabalhoso, e não iria ganhar nada com aquilo além de um simples obrigado?
Será que tudo que você viu até hoje estava tão bom que você não podia melhorar um pouco?
Será que ninguém pediu um favor para você e poderia ter sido surpreendido com uma atitude inusitada?
Acredito que, diariamente, estamos rodeados de inúmeras oportunidades, que geram outras oportunidades, as quais, por sua vez, geram outras. O que muda é como estamos preparados para as oportunidades e o quanto, realmente, queremos fazer daquela oportunidade a maior de nossas vidas.
Não me recordo da quantidade de entrevistas que agendei para estagiários que não apareceram e até sumiram, das vezes que solicitei tarefas que foram tratadas com displicência e descomprometimento, das vezes que abri todas as portas e não passaram nem pelo batente, além dos pedidos em que nem a função mais primária foi suficientemente satisfatória.
A grande verdade é que falta vontade, mas vontade de verdade, aquela que chega a lacrimejar os olhos, aquela que chega aos limites do corpo, aquela que só os verdadeiros vencedores conhecem. Vontade é algo que não se mede, a que não se dá peso, é algo sem limites, sem barreiras, sem fim.
É algo grandioso que não cabe em lugar algum, que rompe qualquer desafio por maior que possa parecer, que vence o negativo, o pessimismo, os paradigmas e as crenças, que faz de uma pequena oportunidade a maior de todas, que transforma ambientes e pessoas, que destrói razões e pré-conceitos, que prova com a vida toda subestimação e descrença.
Vontade é atitude, é ter força, raça, sangue nos olhos. É sentir repulsa, pela acomodação e pela preguiça, ao fácil e à moleza. Vontade é ajudar, e não esperar ajuda. É empurrar, e não deslizar.
É lutar, e não assistir. É vencer o medo, e não se esconder dele.
Será mesmo que temos pouca ou nenhuma oportunidade?
Ou estamos covardes diante delas?
Será que preferimos um esforço extra ou o conforto de algumas horas a mais de sono?
Será que podemos nos superar em várias atividades ou só temos a capacidade de fazer o básico?
Abra os olhos. Quem sabe este momento não esteja colocando nossas vidas diante de uma grande oportunidade, como seres humanos, como profissionais, pais, filhos, netos e amigos, ou até com a possibilidade de mudarmos o nosso olhar e as nossas atitudes.