Creio que já tenha escutado e até utilizado o termo Torre de Babel, em alguma situação ou reunião, tipo condomínio, na qual ninguém se entende. A história bíblica narra sobre um grupo que decide construir, na Mesopotâmia, uma torre tão alta que tocasse o céu.
Indignado com tamanha audácia, Deus decide provocar uma grande ventania espalhando as pessoas ao redor da terra com diferentes idiomas, inviabilizando assim a construção da torre pela distância e dificuldade de comunicação. Babel vem de Bavel, que significa confusão em hebraico.
No mundo dos negócios utilizamos palavras, jargões ou expressões que acabam se tornando chavões ou lugares-comuns, tais como: “o cliente está sempre certo”, “cresça ou morra” e “fracasso não é uma alternativa”.
Levá-las ao pé da letra pode se mostrar um tremendo equívoco, já que nem todos os clientes são bons pagadores, diversificação ou foco podem ser alternativas em épocas de vacas magras e fracasso é sim uma alternativa, em empresas que tem a inovação em seu DNA.
Neste artigo trago o termo Modelo de Negócios, citado em reuniões executivas nos últimos tempos, cuja melhor tradução talvez seja a necessidade de se fazer algo diferente.
Imagine a situação. Empresa com faturamento em queda tem seus principais executivos reunidos com a presidência para discutir alternativas. Creio que várias sugestões terão como pano de fundo, mudar o modelo de negócios, trazidos, por exemplo, por gestores da área financeira, operações, vendas e marketing.
Senso comum, ninguém se atreveria a perguntar o que se deseja dizer com o termo, seja por não entender exatamente seu significado ou mostrar ignorância frente aos pares. Caso tivéssemos o poder da parapsicologia, leríamos em suas mentes: criar novas formas de pagamento, elaborar uma nova forma de entrega, prospectar novos segmentos e melhorar nossa proposta de valor, ideias prováveis a cada área de atuação.
Todas as opiniões mencionadas fazem parte de uma estratégia para mudar o modelo de negócios, cuja melhor definição para mim é: como criar valor aos principais públicos de interesse da empresa. Temos aqui dois caminhos a seguir. O primeiro, discutir os assuntos indefinidamente, como em uma sessão da câmara ou do senado, ou então utilizar alguma ferramenta ou metodologia…
Por Marcos Morita
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