Não existe nada permanente em relação a uma cidade. Assim como organismos vivos, ela está sempre em constante transição. Com a globalização, a competição entre elas cresceu, acelerando ainda mais o ritmo das mudanças.
Muitos governantes têm dado prioridade ao tipo de empresa ou indústria que almejam atrair para o município. Entretanto, experiências recentes revelam que as cidades precisam mudar o foco para o tipo de pessoas que desejam atrair. São elas que geram prosperidade, abrem negócios e constroem comunidades. Se as cidades conseguirem atrair residentes com perfil que se alinham à visão local, especialmente jovens criativos, as empresas, eventualmente, seguirão esses talentos. Tais regiões serão reconhecidas como os locais ideais para novas indústrias e qualidade de vida.
O cenário de contraste entre as áreas urbanas que mais crescem (todas localizadas nos países em desenvolvimento) e as que mais encolhem (muitas situadas na Europa) é desolador. Londres sempre teve um histórico de ser uma supercondutora de talentos, atraindo pessoas de todas as partes do mundo. Entretanto, em 2014, o número de indivíduos com idade entre 25 e 35 anos que deixou a capital foi maior, pela primeira vez em vinte anos, do que o que se mudou para ela. Muitas dos que estão saindo procuram outras regiões do mundo que estão em busca de quem está disposto a fazer parte da população residente e que ofereçam oportunidades de trabalho, desenvolvimento de carreira, cultura e outros aspectos de bem-estar. Hong Kong, Dubai e Berlim são alguns desses destinos.
As circunstâncias são as mais variadas, mas assim que os líderes tiverem identificado quem eles querem atrair — empreendedores, famílias jovens ou pessoas criativas — eles poderão planejar seu futuro e criar estratégias de crescimento adequadas. A cidade de Incheon, na Coreia do Sul, por exemplo, almeja atrair especificamente expatriados, e as autoridades estão, consequentemente…
Por Charles Schramm
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