Alta de mais de 100% em 2024 impulsiona interesse e reforça alocações
O mercado de bitcoin no Brasil alcança novos patamares com o avanço das alocações institucionais. O ativo, que acumulou valorização de 116,87% em 2024, vem sendo incorporado por fundos multimercado e atraindo gestores que buscam diversificação e retornos acima da média. Com uma capitalização global superior a US$ 1,8 trilhão, o bitcoin consolida seu espaço entre os ativos financeiros mais relevantes.
No cenário local, fundos como o Money Rider, da Empiricus, destacam-se por retornos expressivos. O fundo atribuiu cerca de 10% de sua performance anual, equivalente a 44%, às posições em criptoativos. A gestora Hashdex também reportou crescimento significativo, com aumento de 260% no volume de ativos institucionais, alcançando R$ 540 milhões.
A aprovação de ETFs de bitcoin nos Estados Unidos, liderada por nomes como BlackRock, catalisou a adoção global do ativo. No Brasil, os ETFs de criptomoedas somam R$ 8 bilhões em patrimônio, com destaque para o HASH11, que atraiu gestoras como Verde Asset e investidores institucionais de grande porte, incluindo o Banco do Brasil.
As perspectivas para o bitcoin seguem otimistas, mesmo diante de sua recente queda para US$ 95.867, após atingir o pico histórico de US$ 108 mil em dezembro de 2024. Eric Trump, herdeiro do presidente norte-americano Donald Trump, projeta que a criptomoeda pode alcançar US$ 1 milhão, alimentando o interesse global por ativos digitais.
A crescente adoção por governos e bancos centrais figura como um potencial catalisador de alta. Países como Rússia e China já consideram iniciativas estratégicas com bitcoin, enquanto os Estados Unidos detêm reservas significativas da criptomoeda, adquiridas por apreensões judiciais. Essa tendência pode ampliar a demanda, dada a emissão limitada de 21 milhões de unidades.
A diversificação para altcoins como Ethereum e Solana também ganha espaço, enquanto o bitcoin mantém seu apelo como reserva de valor em tempos de inflação global e desafios fiscais. Gestores preveem que a redução na volatilidade anualizada, atualmente entre 40% e 60%, impulsionará a entrada de novos investidores.