Nestes últimos meses tenho cruzado com diversas pessoas, literalmente brigando consigo mesmas, meninos e meninas, homens e mulheres, que teimam em acreditar que os seus controles próprios sejam 100% acatados em suas vontades, como se pudessem ou tivessem algum real controle, assim como mandamos em nossas atitudes físicas. Com o tempo, é notória a frustração destes, que inconformados, permanecem às vezes até por anos nesta insistência, com a convicção de que são capazes de ordenar os acontecimentos de seus destinos. Me parece até, que ao permanecerem crentes destas conquistas, a vida responde com mais distorções ainda, tentando de alguma maneira apresentar provas concretas sobre a compreensão desta impossibilidade. O livre arbítrio e a independência pessoal muitas vezes nos enganam quanto a crença em nosso total controle, pois temos sim o poder de nossos gestos, nossas atitudes, de nossas escolhas e decisões, mas não temos o poder do controle dos resultados de nossas ações. É claro que, muitos dos resultados, são atingidos devido às nossas estratégias e inteligências, mas estou aqui falando sobre destino, sobre vida, de uma maneira mais abrangente, sobre aqueles assuntos que realmente fogem do nosso alcance e que a princípio, achávamos ter total controle. Para quem anda ou já andou a cavalo, é mais ou menos o que ocorre quando puxamos a rédea para a direta até quase encostar sua boca na sela e ele continua andando para a esquerda. Uma analogia muito evidente para refletir o descontrole almejado. Tenho exposto este pensamento para muitos, que percebo estarem vivenciando esta frustração na vida, e pelonque pude perceber, todos …
Por Marcelo Ponzani
Para continuar lendo este artigo, clique no banner abaixo.