Minha rotina é visitar empresas, fazer dezenas de entrevistas, reuniões, pesquisas, além de juntar as pontas entre quem precisa vender e aqueles que buscam comprar. Além da função editorial, que compreende escutar e contar histórias, dedico boa parte do tempo a projetos de consultoria. E posso afirmar que já triplicou o que chamo de Índice de Reclamação Recorrente triplicou. A grande maioria tem razão e plena consciência das dificuldades para gerar vendas e fazer crescer o negócio em dois dígitos percentuais. Bem, quem conseguiu manter o faturamento em relação ao ano passado, tem muito a comemorar. Se empreender no mundo é uma tarefa complexa, no Brasil chega a ser surreal.
As empresas alegam não ter dinheiro para nada e as que decidiram fazer algum investimento este ano, demonstraram ousadia e coragem. E foram muitos os empresários que trocaram suas impressoras e investiram em infraestrutura para atender o cliente, pensando em reduzir o tempo de entrega, custo ou até mesmo promover um condição de melhor qualidade. Eu não tenho dúvidas de que investir em tecnologia é uma das maneiras mais seguras para ser competitivo no mercado. Mas, no meu entendimento é preciso muito mais do que isso. É fundamental investir em processos e pessoas. Por isso eu admiro quem faz esse planejamento.
São desse tipo de exemplos que precisamos para avaliar tais empresas como prósperas. E, nesta edição, eu tenho o prazer de trazer como matéria de destaque o empresário Eduardo Alexandre, da Cromajet. Nosso bate papo foi inspirador para escrever uma matéria com muitas informações e dicas nas entrelinhas e mensagens práticas que simplificam o nosso papel como empresário. É preciso acreditar acima de tudo, continuar a trabalhar e investir por um propósito melhor. Os clientes precisam enxergar os benefícios que as nossas empresas podem gerar para seus negócios. E se quisermos a atenção de alguém, teremos de conquistá-lo em um piscar de olhos. Nossa comunicação precisa mudar.
Para Mark Joyner, autor do livro “The irresistible offer” (A oferta irresistível), todo vendedor tem três segundos para garantir um negócio. Li isso em um artigo brilhante escrito por Simão Mairins para o Administradores.com. E como reflexão, temos muito a fazer por nossas empresas. As crises e fatores políticos, bem como compradores que não lhe dão abertura, são passageiros. Vivemos num mundo cíclico onde não podemos nos conformar com coisas mal feitas e precisamos sempre buscar melhorias para vencer as objeções.
Confesso que estou muito feliz e grato por esta edição, que serviu de grande motivação para evoluir e promover mudanças. Quem conhece o nosso trabalho sabe o quanto nos dedicamos para que todos os meses, nos últimos 15 anos, nossas revistas cheguem às mãos dos leitores. Temos um retrospecto impressionante de geração de quase 1 bilhão de exemplares nesses anos! Impressionante, não é? Mas apesar desses números, ainda temos muito a melhorar e é isso que iremos fazer.
Sou grato por ter anunciantes que acreditam em nosso trabalho e no mercado onde atuamos, investindo e promovendo suas empresas e produtos. Olhando para o que já passou, temos a clara visão de que já vivenciamos outras crises e momentos de dificuldades que, no final, acabaram por nos fortalecer. Desta vez não será diferente. Que 2015 seja um ano de muito aprendizado para todos e que possamos acreditar e investir em nossos negócios para prosperar de maneira sustentável.