Setenta mil pessoas participaram de um evento que não é apenas sobre o futuro, mas sobre o presente que já está em transformação. Setenta mil mentes que viram, no WebSummit Lisboa, ouviram e tocaram possibilidades capazes de redesenhar negócios, relações e até o que significa viver em sociedade. Se cada uma delas usasse o que viu, em 12 meses o mundo seria outro. E até a próxima edição, estaríamos falando de um mundo melhor, mais eficiente, mais conectado, talvez mais humano.
Mas aqui está o ponto: isso não é uma corrida para reinventar o que já existe. Não é sobre rasgar o mapa e desenhar um novo caminho.
É sobre melhorar as estradas que temos, torná-las mais rápidas, seguras, e surpreendentemente acessíveis. É sobre estar aberto ao que antes parecia impossível, buscar conexões que antes pareciam improváveis, e testar soluções que antes pareciam inalcançáveis.
Inovar não é colecionar ideias. É decidir o que fazer com elas. Não é sobre encher a mesa com projetos, mas ter coragem de escolher um e levá-lo até o fim. Porque, sejamos honestos, nem toda solução é uma boa solução, e nem todo esforço vale o investimento. Foco não é luxo; é sobrevivência. Desperdiçar tempo e dinheiro não é só uma falha de gestão, é um ato de negligência num mundo onde inovação não pode mais ser apenas uma promessa.
Então, a provocação é esta: o que você vai fazer com o que viu? Setenta mil pessoas têm agora a chance de escrever o próximo capítulo. Setenta mil podem ser o início de uma nova narrativa. Mas, para isso, precisamos mais do que boas intenções. Precisamos de coragem, investimento e, acima de tudo, ação.
Porque o futuro não espera quem fica parado.