Mobilidade não é um tema novo, e o que acontecerá com ele no futuro é sempre uma curiosidade da sociedade. Hoje as concessionárias, por exemplo, concorrem com todos os meios de transporte, concorrem com Uber, com o transporte público, com bicicletas e com patinetes, será que era possível prever algo assim 50 anos atrás? Quando pensamos no que será dos meios de transporte para o futuro, em um momento de pandemia, podemos notar que a palavra é adaptação. As empresas que vendem mobilidade precisam se preparar para o que o mundo trará pós-pandemia.
Temos duas gerações que não tem interesse em ter o carro próprio e buscam alternativas de locomoção. A geração Z e os Milleniuns consideraram por muito tempo que ter carro próprio era tão ruim para o planeta quanto fumar é para o corpo, e então, veio a pandemia, estar sozinho no carro passou a ser muito mais seguro do que meios de transporte coletivo ou de aplicativo. Nos últimos meses a utilização de carros aumentou significativamente, e não só no Brasil. Em Manhattan o preço dos estacionamentos mais que dobrou nos últimos seis meses, indicando o aumento da utilização de carros próprios nesse período. O futuro para os carros próprios parece ser desenhado por carros elétricos, vindo de empresas que tenham uma produção com baixo impacto de carbono.
Não há indícios que nenhum dos meios de transporte que conhecemos hoje deixe de ser usados pelas futuras gerações. A expectativa é que outros meios de transporte, como trens de alta velocidade e equipamentos individuais fiquem mais populares com o passar dos anos.
Para a indústria automobilística que viu seu poderio ser ameaçado pelo aumento das opções de mobilidade nas grandes cidades a chave para continuar vendendo para um público exigente é ler as pessoas e entender o melhor delas. E não apenas o consumidor, é importante ler o vendedor que fala em nome da sua concessionária na loja, o que ele quer, o que ele entende do produto que está oferecendo e quanto ele está animado ou assustado com as possibilidades de mudança do futuro.
Mobilidade é um tema cada vez mais recorrente para governos e empresas, o modo de encarar a locomoção já mudou, e esse é um caminho sem volta, o padrão de consumo das pessoas mudou, e a Covid-19 fez com que comportamentos que seriam massivos em 10 anos começassem a se intensificar agora. É uma grande oportunidade para empresas que trabalham com automóveis ou outros meios de transporte individuais, a expectativa é que a população viaje mais nos próprios carros, Esse é um momento crucial para entender como o mercado ficará, mas podemos afirmar que nenhum dos meios de transporte que conhecemos hoje deixará de existir.
As empresas responsáveis pela mobilidade urbana já entenderam e tentam transmitir para o público que, elas vendem mobilidade, a liberdade de ir e vir quando quiser acompanhado ou sozinho, de poder dirigir em silencio ou ouvindo um podcast, de pedalar para o trabalho e já fazer algum exercício ou de ler enquanto volta do trabalho pra casa.
O fato é que o “isso sempre foi assim” não existe mais, todas as empresas precisam estar prontas para reconquistarem o cliente todos os dias. Seu concorrente são todas as empresas que oferecem a mesma solução que você. O mundo está demandando mudanças, cabe às empresas atender essa demanda, seja pelo amor ou pela dor.
Desaprenda para aprender, é nesse momento que estamos enquanto sociedade, a mobilidade ainda vai sofrer muitas alterações, a tecnologia ainda vai mudar muito esse setor. Mas algumas coisas podem ser afirmadas em relação a isso: As empresas que estiverem escutando o cliente, que tenham uma preocupação real com o meio ambiente e que continuem oferecendo um valor agregado ao produto ou serviço que prestam sairão na frente. Seja como for, o futuro da mobilidade será cheio de possibilidades.
