Quando uma mesma abordagem simplesmente troca de nome, isso não é transformação. Fique atento, especialmente no atual momento, quando as informações superficiais e sem embasamento aprofundado da internet se aproveitam do desconhecimento generalizado.
Quando alguém lhe propuser algo “novo”, procure logo entender a etimologia ou o que aquilo quer dizer. Chamar alguém para uma ação – ou call to action (CTA), como dizem os social media – nada mais é do que o reflexo condicionado apresentado em 1913 por John B. Watson com a ciência do behaviorismo. Nós e os ratinhos de laboratório temos algo em comum: reagimos a todo estímulo.
Mais adiante, Burrhus Frederic Skinner, em 1945, apimentou essa relação e começou a mostrar o comportamento em função das inter-relações entre a filogenética, o ambiente (cultura) e a história de vida do indivíduo. E daí começaram a surgir as cadeias de reforço.
A galera do digital gosta de chamar isso de inbound marketing – como se o conceito tivesse nascido hoje. Ok, ainda que a ciência seja antiga, ela será nova se ainda for uma ilustre desconhecida para você. Mas a grande transformação por que esses conceitos passaram – e nós também – é que agora somos todos mídias. Sim, você também.
Emitimos ofertas, opiniões, críticas e julgamentos. Cada qual escolhe o tom a ser utilizado e explora a rede social com ou sem deliberação. Aí é uma questão de escolha. Usar o seu tempo de exposição para construir ou destruir. Usar o seu outdoor para falar de pendências ou tendências.
Fazer das suas oportunidades a venda de uma ideia, produto, serviço ou mostrar as suas crenças. Todos temos o poder de compartilhar. Eu há tempos escolhi compartilhar o comportamento dos empresários por meio desta revista.
Acredito que podemos aprender com o outro. Esse é o nosso estímulo, e a resposta tem sido linear.
A personagem da matéria principal desta edição é prova disso. Foi um prazer ser escolhido pela Cidinha para apresentar sua fascinante trajetória – que chega a mais um sonho realizado ao estampar a capa da Empresário Digital.
E adivinha quem mais ganhou com essa relação? Eu, claro. Que sigo com persistência para fazer da revista uma plataforma de comunicação moderna, relevante e capaz de promover a reflexão entre os empresários. Não sou nenhum gênio, só me coloco à frente respeitando e fazendo o bom uso dos conceitos que a ciência apresentou no passado, e muita gente coloca em embalagem moderna para vender como novos. Vlw, Watson, Skinner, Cidinha… é #tamujunto que fala?
Marco Marcelino