Desde o primário, fomos alfabetizados de forma a entender que prioridade é tudo aquilo que vem em primeiro lugar, aquilo que devemos dar atenção imediata e, se possível, solucionar com a maior antecedência possível.
Não é de hoje que as equipes, pelo menos as de marketing, com quem mais convivo, recebem demandas sequenciais, da mesma fonte, pedindo prioridade máxima. No mínimo isso desperta risos – para não dizer lágrimas de pressão extrema.
O assunto parece, sim, engraçado mas é muito sério, principalmente em equipes mais enxutas, que atendem diversos clientes internos, todos com suas necessidades e responsabilidades.
Quando escuto “estou com diversas prioridades” – no plural, imediatamente toca um sino na minha cabeça sinalizando que algo está ou vai ficar bem ruim em breve.
Para quem solicita, é muito fácil anexar essa última frase em todas as solicitações: “trate este job com a máxima prioridade”, mas para quem recebe, normalmente, profissionais solícitos, essa falta de sensibilidade e até de organização cria tensões acumulativas com resultados futuros prejudiciais.
Não é de hoje que as equipes, pelo menos as de marketing, com quem mais convivo, recebem demandas sequenciais, da mesma fonte, pedindo prioridade máxima.
É fácil dizer: não aceite, diga que já existem prioridades em curso, melhor você definir qual a prioridade das prioridades, mas no dia a dia, infelizmente, sabemos que as coisas não acontecem como imaginamos.
No meu entendimento, isso se trata de uma empatia mínima, um interesse genuíno na preservação do colaborador. Trata-se também de respeito pelo próximo e um mínimo de senso de organização e liderança eficaz.
Em suas próximas solicitações de prioridade, lembre que esse substantivo só se conjuga no singular, o que é, no mínimo, um bom sinal de atenção para um péssimo hábito corporativo.