Já se fez essa pergunta hoje, ontem, semana passada, mês passado, ano passado?
Senão, acharia bom fazê-la, pois, invariavelmente, temos três tempos para estar: o passado, o presente e o futuro.
A real é que transitamos por eles diversas vezes ao dia, mas pouco paramos para pensar sobre isso. Quando estamos no passado, podemos mergulhar em arrependimentos, boas e más lembranças, momentos marcantes, passagens felizes e tristes, e tudo mais que sabemos ter abandonado, um possível caminho para remorsos ou sentimentos de orgulho, capazes de elevar a autoestima, mas também a um passo para as depressões.
Já no futuro, nos projetamos à frente do nosso tempo, buscamos perspectivas e visões do nosso amanhã, no curto, médio e longo prazo. Nesse caso, ainda não temos os eventos realizados, somente aquilo que a nossa mente for capaz de imaginar ou fantasiar, um caminho importante para construirmos acontecimentos e conquistas, mas também uma armadilha para entrarmos em crises de ansiedade e viagens negativas, principalmente pelo fato de não haver a certeza dos episódios como imaginamos.
O controle desses lugares imaginários é de total domínio de nossas vontades e lucidez, mas me parece que muitos têm dificuldades em gerenciá-lo, e assim deixam com que suas vidas entrem em conflitos e abismos perigosos, muitas vezes difíceis de retornar somente com sua própria vontade.
O presente, algo de extrema importância e um lugar fantástico para se focar e estar, e posso até arriscar dizer, o mais real e importante de todos, me parece estar muito esquecido por uma grande maioria, engolida pelos estímulos externos, cobranças sociais, registros mentais e físicos do passado, impulsos que acabam por ter forte energia magnética, por vezes grudando as mentes nesses extremos e, assim, provocando estragos psicológicos, até irreparáveis.
Fazer-se diariamente a pergunta “onde estou?” pode e deve ser um exercício de extrema importância, acho que até de necessidade, para enfrentarmos os tormentos da vida moderna.
Reflita com profundidade a respeito e experimente doutrinar sua escolha para que esteja ao máximo conectada ao presente.