Onde foi parar a Serigrafia Técnica

O ano era 1997, e o artigo de 19 páginas dizia: “Evoluindo paraa Serigrafia Técnica”. Durante o fechamento desta edição eu estudava o comportamento do processo ao longo dos anos para justamente falar sobre as expectativas da serigrafia técnica. Eis que o som da minha caixa postal, trouxe o artigo do meu grande amigo Ary Luiz Bon. “… achei um artigo (Palestra) de 1997. Eu queria saber porque é que ainda não ganhei na loteria”.

Estudioso e competente em tudo que decide fazer, Ary Luiz Bon sempre foi provocativo em seus artigos, discursos e consultorias. Eu diria que ele ainda não ganhou na loteria porque é uma pessoa sistêmica, científica como poucas pessoas no mundo. Eu fiquei impressionado ao ler o artigo daquele ano. Então eu decido atualizar o artigo para os dias atuais de maneira resumida e desde já coloco a disposição o original direto do Museau de Futurologia de Ary Luiz Bon.

Não é de hoje que as empresas protelam os problemas técnicos. No fundo, todos nós sabemos que terceirizar problema é mais fácil e é tão somente uma questão de tempo para que tecnologias mais competitivas e modelos de produção mais eficientes de outros países surjam para tomar o lugar do velho. Isso aconteceu na indústria de eletrônicos em termos de impressão de circuitos e não me digam que o uso desses equipamentos caiu. Não, muito pelo contrário eles se sofisticaram e precisaram de muito mais tecnologia do que a indústria da época era capaz de oferecer. Vimos também a indústria de comunicação visual em serigrafia perder competitividade para impressão digital. Vemos a indústria de estamparia têxtil direta e localizada sofrer com a soma dos milhares de quilômetros de mesa corrida.

Olha o que escrevia Ary na época “A técnica serigráfica se apresentou durante anos como a grande solução alternativa – quase nenhum investimento inicial, uma produção comercialmente viável com qualidade suficiente (por vezes excelente). Tudo isso até a empresa atingir certo porte – a partir de certo crescimento o empresário começa a se perguntar…

Por Marco Marcelino


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