Quero começar esse artigo com um texto de Goldie Chan, uma colaboradora da Revista Forbes, que escreveu em um artigo:
“Se houvesse um momento para os executivos de nível C se concentrarem em construir sua reputação pessoal e pegada digital, seria agora. Em uma era de imprevisibilidade, quando os consumidores estão se voltando para empresas autênticas e inspiradoras em que podem confiar, um funcionário forte e uma marca da empresa são cruciais. Sua reputação digital pode fazer ou quebrar uma venda, um investimento, uma conexão, uma transição de emprego. Isso pode determinar o seu futuro. Embora você não precise aspirar a ser a próxima Oprah, ter uma marca pessoal forte pode colher uma série de benefícios.”
Nos tempos atuais, essa “fusão” do mundo digital e presencial está cada vez mais acelerada, fazendo com que executivos de destaque sejam tão populares como estrelas do esporte e estejam entre os assuntos que discutimos no nosso dia a dia, seja na roda de amigos ou no café com colegas de trabalho.
O executivo que está construindo a sua marca pessoal e o seu posicionamento, vem se tornando referência em sua área de atuação e ganhando cada vez mais notoriedade e seguidores interessados em saber como ele age, interage e reage a tudo que está acontecendo, a sua marca diz muito sobre os seus valores, crenças e quais habilidades traz para o “jogo”. Mas o engraçado é que há muitas empresas que não querem ou não se atentaram, para os benefícios que essas marcas pessoais podem gerar para elas.
Um artigo da Forbes Magazine de 2018, já relatava como a marca pessoal de um executivo reflete a empresa, se essa marca pessoal é confiável, essa confiabilidade poderá ser transmitida em forma de credibilidade para toda a empresa, o que impacta no sucesso dos negócios.
Coloco aqui alguns pontos que mostram o quanto é relevante para ambos a sinergia das marcas.
Quando se tem na empresa executivos de qualidade, com uma marca pessoal relevante, liderar equipes e atrair talentos fica muito mais fácil, afinal muitos profissionais se formam ou buscam a chance de trabalhar com ou para um Elon Musk ou Richard Branson, por exemplo… Agora pense uma empresa tendo um grupo de profissionais deste nível, imagine como seriam os times de trabalho, no mínimo fantásticos!
As marcas pessoais desses executivos, sendo relevantes em suas áreas de atuação, fazem com que a marca corporativa também ganhe relevância. Para a marca pessoal do executivo, cria-se uma maior visibilidade dentro e fora da empresa, já para a empresa há um ganho na percepção do público e stakeholder, ou seja, um grande impacto positivo para todos.
Com essa visibilidade tanto a marca pessoal quanto a corporativa adquirem o tão desejado Brand Awareness, conscientização da marca, que é o quanto a marca é reconhecida e tem notoriedade entre seus consumidores. Quanto maior for essa consciência de uma marca pessoal no mercado, mais ela agregará valor e vantagens para a marca corporativa.
Marcas pessoais fortes, dependendo da área de atuação, podem ter a possibilidade de atrair clientes e auxiliar no aumento de receita da empresa, fazendo com que sejam uma parte importante do ecossistema, não significa que sejam indispensável, mas com certeza não será a opção a ser descartada em caso de uma crise.
Deve haver, entre marca pessoal e corporativa, uma relação com significado, ter um alinhamento entre objetivos corporativos e os da marca pessoal. A empresa obtém benefícios com a marca pessoal e essa, por sua vez, irá alavancar seu ativo mais importante: a sua marca pessoal.
Por fim, o resultado de tudo isso é que nas empresas, se vários executivos estiverem construindo suas marcas pessoais, o impacto disso será com certeza uma alta performance, equipes engajadas, sendo que essas marcas pessoais acabam sendo aglutinadoras de talentos e tudo isso irá gerar resultados positivos e ganhos para a empresa. Já do ponto de vista das marcas pessoais, sendo bem construídas, com estratégia, alinhadas a um marketing pessoal ético, trarão vantagens tangíveis, como visibilidade, notoriedade e na hora de uma negociação por cargos e salários.
Está na hora das empresas se preocuparem e investirem em seus executivos, e esses em suas marcas pessoais.