Aquisição de Peregrino promete otimizar operações e incrementar reservas em 20%, marcando um avanço significativo na indústria petrolífera.
A empresa Prio, em um movimento audacioso, acaba de desembolsar US$ 1,91 bilhão para adquirir uma participação de 40% no campo de Peregrino, anteriormente de propriedade da Sinochem. Esta transação não apenas amplia a produção diária da Prio em 40%, com um acréscimo de 36 mil barris, mas também aumenta suas reservas provadas (1P) em 20%, adicionando 135 milhões de barris ao seu portfólio.
Situado estrategicamente próximo aos campos de Tubarão Martelo e Polvo, o campo de Peregrino, operado pela Equinor, traz a Prio não só um aumento de volume, mas também um aprimoramento logístico considerável. Com a aquisição, a empresa planeja maximizar a capacidade dos navios petroleiros, reduzindo a ociosidade e cortando custos significativos de frete, potencializando a eficiência do transporte do petróleo.
Além do impacto direto na produção e logística, a transação traz benefícios fiscais substanciais para a Prio. A aquisição da subsidiária operadora permite que a Prio utilize um prejuízo acumulado de US$ 650 milhões para abater futuros tributos, um aspecto estratégico para otimização financeira.
Financiamento da compra não representará um encargo imediato, já que ajustes no preço devido à geração de caixa da Sinochem desde o início do ano reduzem o valor efetivo a ser pago para algo entre US$ 1,7 bilhão e US$ 1,6 bilhão. A estratégia de financiamento inclui linhas de crédito robustas e planos de refinanciamento por meio de emissão de debêntures e bonds, demonstrando a solidez e o planejamento financeiro da Prio.
O projeto não apenas fortalece a posição da Prio no mercado, como também projeta uma TIR (Taxa Interna de Retorno) desalavancada de 20% em dólar, ressaltando o valor agregado e a expectativa de rentabilidade da operação.