É muito interessante falar sobre alguns conceitos como “O Sucesso”, que requerem um nível mínimo de autoconhecimento. Estamos saindo agora de um momento de pandemia e muita gente ainda sofre, não só com os reflexos da doença, mas também com a situação econômica, com a falta de empregos, com a invenção da própria carreira e a revelação pessoal.
Nos questionamos sobre defeitos, obstáculos, problemas, e esse questionamento sempre é feito exteriormente. O problema nunca é conosco, interno, pois é muito mais fácil apontar o dedo para quem, ou o que está do lado de fora, porque a grande jornada interna é sempre mais dolorosa. A revolução é interna e todo empreendedor de sucesso deveria saber isso.
Trabalhar o autoconhecimento, observar as pessoas ao redor é, na verdade, uma maneira de enxergar o mundo com outros olhos. Jogar ou transferir a responsabilidade para os outros é um estado anestésico. É pensar: eu sou filho das circunstâncias, das consequências, então, não sou responsável por isso.
A pandemia mudou as condições para todos. Entretanto, se tem alguém conseguindo bons resultados, significa que podemos classificar empreendedores em três grupos: os que trabalham pouco, os que trabalham errado e os que trabalham pouco e errado.
O progresso é magnético, então seja progressista e admita as suas próprias vitórias, bata no peito e diga que mereceu cada uma das suas conquistas. E se der errado, também bata no peito e admita que foi você quem errou. Eu sempre admiti os meus erros. Se não está dando certo, a culpa é minha e, por aceitar isso, sempre fui aquele que muda mais rápido e com isso o meu tempo corrigindo falhas é menor.
Uma frase que tem um impacto forte na minha vida é “tudo que nasceu perfeito, nasceu morto”. Um projeto ou ideia que nasceram prefeitos, nasceram mortos. Quando aceito a culpa, tenho mais condições para mudar.
A importância da disciplina
Para tudo na vida, dou o meu máximo e faço da melhor forma possível.
Sabe aquela pessoa que planeja fazer 30 minutos de esteira e quando dá 26’, fala: “tá bom, deu”. 26’ é 30’? Não, não é.
Sou muito ligado ao detalhe, e eu acredito que sucesso é igual fidelidade.
Por exemplo, eu sou casado há 14 anos e se eu chegar para a minha esposa e disser: “amor eu quero deixar uma coisa clara, eu te amo tanto, que 96% do tempo em que estivemos juntos, eu fui fiel”. Se eu volto para casa agora e falo que eu sou 96% fiel à minha mulher, meu casamento acaba.
Fidelidade precisa ser 100%! Qualquer outro indicador não me interessa, e para ter o sucesso também tem que ser assim. Precisamos de 100% de dedicação aos negócios, porque têm aqueles casos especiais, aquela “ligação a mais”. Quando estou correndo, por exemplo, às vezes é no último quilômetro que eu vou começar a sentir a dorzinha e me acostumar com ela. E geralmente é no último metro que eu mais preciso controlá-la.
Ao longo dos últimos anos desenvolvi um propósito: sempre faço um pouquinho a mais, um quilômetro a mais na corrida, uma ligação a mais de negócios, um dia a mais de evento, um contrato a mais para enviar.
E você? Fica satisfeito com 96% ou vai atrás dos 100%?