Na hora de optar por uma tecnologia, você faz um exercício de reflexão sobre os motivos da sua escolha? Não faz sentido comprar tecnologia se não for para fazer mais rápido e, quiçá, mais barato. Tempo sempre foi o bem mais precioso – nos negócios e na sua vida pessoal também. É um recurso que não se recicla. Algo que muitos de nós estamos gastando enquanto pensamos que estamos investindo.
À medida que os anos passam, vamos nos dando conta da sua importância. Em razão da crise econômica, houve uma mudança na noção que se tem de investimento. Gastar menos tem sido o mote de muitas empresas. Comprar sem entender o real valor das coisas virou moda e já não conseguimos mais avaliar que barato é tudo aquilo com preço menor que o valor percebido.
Outro dia mesmo, eu conversava com um empresário que dizia: “Toda vez que faço orçamento das cabeças de impressão do meu equipamento, eu compro uma máquina chinesa”. Nada contra os equipamentos chineses. Alguns deles têm até boa entrega em termos de desempenho e qualidade. Mas o que esse empresário queria dizer era “o investimento em equipamentos de alta tecnologia já não vale mais a pena por conta do custo”. Será?
Para entender na prática o que isso significa, eu criei um estudo dividindo a tecnologia de comunicação visual em três faixas distintas. Usei alguns critérios como faturamento e número de funcionários. E olha que interessante: temos na base da pirâmide cerca de 20 mil empresas com os chamados equipamentos de entrada, com largura de até 1,60 metro, com tecnologia de tinta à base de solvente, na sua maioria.
Mais de 50% das empresas que compraram essa tecnologia deixaram de existir nos últimos dez anos. Mas não são somente as pequenas iniciativas que sumiram do mapa. As empresas de médio porte também, mas, em vez de fechar, elas mudaram de categoria. Ou elas crescem e sobem para o topo da pirâmide ou passam a figurar como empresa de pequeno porte. O índice de endividamento fiscal desse grupo econômico é o maior de todos, e essas empresas tendem a ser as principais inadimplentes.
Os negócios nesse grupo têm faturamento entre R$ 1 e 5 milhões por ano. Cerca de 2/3 se encontra em dificuldades. Já no topo da pirâmide temos em torno de 100 empresas que, juntas, faturam R$ 3 bi anuais e empregam cerca de 7 mil funcionários atualmente. Levando em consideração o modelo de negócio do segmento de comunicação visual, essas empresas investem em equipamentos com tecnologias chamadas de industriais – justamente o tipo a que o empresário do começo desta conversa se referia.
Não se engane: as empresas desse grupo também estão com dificuldades, mas a porcentagem das que deixaram de existir nos últimos dez anos é de 5%. O que leva a crer o seguinte: a opção por investir em equipamentos de impressão com alto valor agregado não é um mau negócio.
Em geral, são empresas com propósito de produção mais bem definido e foco na atuação. Têm equipamentos de entrada também, mas preferencialmente máquinas acima de 1,60 m a 3,20 m, com algumas exceções para 5 metros. Preferencialmente tecnologia de tinta ultravioleta.
Essas empresas têm, obviamente, uma proposta de despesa aparentemente maior, mas é inegável que otimizam tempo, o que contribui para um processo mais orientado a resultados. Afinal, uma conquista admirável neste nosso segmento de comunicação visual é produzir mais em menos tempo.
Algo muito mais significativo hoje, quando as campanhas têm prazos cada vez menores. Atender à demanda no tempo do cliente requer uma capacidade para muito além da qualidade exigida. Seguramente, fazer a escolha certa em relação à tecnologia é algo que pode significar toda uma transformação para o seu negócio.
É o que vai dizer, com a adequada gestão de tempo e processos, que demanda a sua empresa poderá atender.
Quanto vale essa reflexão?