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5º Ciclo de Sustentabilidade reforça o interesse do setor gr

5º Ciclo de Sustentabilidade reforça o interesse do setor gráfico nas práticas ambientalmente responsáveis

 

 

Realizado pela Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica (ABTG), ciclo teve como tema central o “passo a passo para ser uma gráfica sustentável; evento integra a primeira Semana da Indústria Gráfica (SIGRA 2012).

 

 

Com a participação de mais de 90 pessoas, foi realizado na última terça  (26/06), o primeiro dia do 5º Ciclo de Sustentabilidade, que tem como o tema “Passo a passo para ser uma gráfica sustentável”. A Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica (ABTG), promotora do evento, convidou especialistas para apresentarem temas sobre sustentabilidade, começando por uma abordagem inicial, no módulo “O que é uma gráfica sustentável”.

 

Com auditório lotado e lista de espera para os três dias de evento, a ABTG comemora uma repercussão que demonstra o grande interesse que o tema desperta nas pessoas, especialmente nos profissionais do setor gráfico. Foi o que comentou, na abertura do evento, a consultora da ABTG Márcia Biaggio. Segundo ela, este interessemarca um momento peculiar, uma vez que, há apenas dez anos, esse tipo de tema não atrairia um público como o que seu viu neste primeiro dia do Ciclo de Sustentabilidade. “Temos aqui a casa lotada e isso chama a atenção para o grau de consciência que existe agora sobre a importância da sustentabilidade. Hoje, neste evento, queremos mostrar para as gráficas o que é necessário e possível implantar. Em uma experiência de visitas às empresas do interior de São Paulo, pudemosperceber que as pessoas dizem fazer tudo, mas só gastam e não têm resultados com as medidas adotas. Mas sustentabilidade não é apenas isso. É, sim, o momento de pensar como obter lucro. Não basta pensar em coleta seletiva, porque isso faz parte da legislação, é obrigatório. O que queremos mostrar hoje é que a gráfica pode e deve adotar estas medidas. O conteúdo deste evento foi elaborado com base em tudo o que conhecemos sobre as necessidades das empresas de vocês”, disse Márcia.

 

Na palestra “Como implantar ações sustentáveis”, o gerente de produção da Gráfica Tiliform, Alcides Razeira Junior, mostrou as evidências do desequilíbrio socioambiental e as origens do conceito de sustentabilidade. “Hoje, com o tema da sustentabilidade em voga, aumentou o número de pessoas que envolvidas, sejam os stakeholders, as comunidade, os fornecedores e todos os demais públicos, que agora são múltiplos e diversificados. Por isso, os líderes e os gestores das empresas têm que pensar no dia a dia, nas maneiras de ser mais sustentáveis”, disse.

 

Na Tilibra, o passo inicial para a aplicação do programa, a fase Um, foi compreender o que é sustentabilidade, isso por todos os colaboradores, por toda a empresa. Depois de estabelecer um plano de ação e prioridades, passaram para a fase Dois, que foi a definição de indicadores baseados no tripple bottom line (tripé de sustentabilidade) e por fim, a fase Três, a elaboração e publicação do relatório de sustentabilidade.

 

Todo o trabalho da empresa foi amparado em complexas análises e diagnósticos, com a mensuração de consumo de energia, água, insumos e até mesmo equipamentos, chegando aos resultados que demonstraram exatamente onde e o que era possível minimizar em termos de consumo e de desperdícios. Por exemplo, uma das grandes fontes de consumo de água era uma reveladora de chapas, problema que foi solucionado com a instalação de um mecanismo reciclador de água. Este e outros sistemas de redução do consumo de água permitiram gerar uma economia de R$ 6.500,00 mensais. No somatório de todos os cortes de gastos feitos, chegou-se a uma economia atual de 0,65% do faturamento da empresa.

 

Em sua palestra, a engenheira Márcia Biaggio abordou o tema “Como implantar ações sustentáveis em sua gráfica – requisitos básicos”. Ela declarou que, em um primeiro momento, é preciso analisar quais ações a empresa já está tomando em relação aos aspectos da sustentabilidade. É possível começar com uma ação mínima de levantamento de dados, números e outras informações que possam mostrar para os gestores a necessidade e a importância de adotar medidas mais consistentes. De todo modo, ela adiantou alguns dos requisitos básicos para a adoção destas ações, que estão equilibrados dentro do conceito de 3 P´s (People, Planet e Profit – Pessoas, Planeta e Lucros).

 

Na área de “Pessoas”, é preciso atender às legislações trabalhistas, manter um ambiente saudável e agradável de trabalho, ter atenção à saúde do trabalhador e de suas famílias, estar atento ao grau de exposição dos funcionários aos químicos, prover educação e, finalmente, garantir que a comunidade no entorno da empresa não está sendo afetada por suas ações. Dentro do foco de “Planeta”, a gráfica terá que adotar medidas de curto, médio e longo prazo. Deverá atender à legislação ambiental (como a PNRS, por exemplo), fazer a compra responsável, ou seja, analisando custos, rendimentos, as questões de saúde e as ambientais de qualquer produto que ele venha a adquirir. No tocante à legislação ambiental, a gráfica tem que fazer o mínimo, que é o licenciamento ambiental, estar atento às legislações municipais e estaduais, posto que isto é um requisito que, se não atendido, é passível de multa. E deve, ainda, atender ao princípio dos 3 R´s, a redução, reciclagem e reutilização. No âmbito da lucratividade, para que uma empresa atinja bons resultados, a primeira medida é deixar de reprocessar, ou seja, minimizar desperdícios, porque isso achata os lucros, é necessáriolimpar processos, otimizar. “Precisamos parar de jogar dinheiro no lixo e isso só vai acontecer se vocês medirem, mensurarem. É preciso ser mais que sustentável, é preciso ser ecoeficiente”, disse a palestrante.

 

Na palestra “Requisitos legais ambientais básicos”, Laís Cristina Cacese Soares, da editora FTD, mostrou, entre outros pontos, a importância do Licenciamento Ambientalpara o controle da implantação e operação de atividades que utilizem recursos naturais ou que sejam consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras. O instrumento, criado em 1981, tornou passível de sanções as empresas que nãopossuam essa autorização.

 

Ainda em sua apresentação, Laís pontuou os requisitos para a outorga de uso de recursos hídricos pelas empresas e os principais aspectos ambientais a serem controlados pela atividade industrial.

 

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