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Tecnologia em Dia: O processo de envelhecimento do substrato

Tecnologia em Dia: O processo de envelhecimento do substrato de impressão 

 

 

O substrato de impressão envelhece assim como todas as demais coisas. As cores vão perdendo vida devido à passagem do tempo, mas, também, e principalmente, devido à luz.

A luz do sol ou luzes artificiais alteram a cor e a tinta, que vai se tornando “lavada” com o tempo.
 

Claro que isso ocorre sob diversas variáveis e parâmetros. Depois de dois anos, o mesmo substrato de impressão impresso na mesma máquina podem apresentar aspectos diferentes em Copenhagen e Mumbai. Chuva, sujeira, umidade, frio, calor, sol… Cada qual possui influência diferente no processo e envelhecimento.
 

O tipo de substrato também é um fato que influencia diretamente no processo de envelhecimento. Um plástico não possui o mesmo comportamento de um alumínio.

 

Como um todo, o envelhecimento de impressão e de uma mídia é um processo complexo e difícil de predizer. Mas, entre os fatores principais para envelhecimento de uma mídia estão:

 

• Ação da luz
• Ação do calor
• Estresse mecânico
• Estresse químico

 

Em poucas palavras, o estresse mecânico pode ser resumido como a ação de poeira e outras partículas trazidas pelo vento que podem, ainda que em modo micro, danificar a mídia de algum modo, sobretudo agindo nas áreas de tinta. A influência na qualidade de imagem da impressão é óbvia nesse caso, porém, tanto em escala micro, como macro (com o tempo). Aos poucos, desse desgaste vai se tornando visível.

 

O estresse químico ocorre pela ação da atmosfera e o maior ou menor grau de pureza dos agentes presentes no ar. A atmosfera natural possui 78% de nitrogênio, 21% de oxigênio e 1% de argônio. Nitrogênio e argônio são muito estáveis e totalmente não-corrosivos, não exercendo influência alguma sobre o processo de envelhecimento. Porém, com o oxigênio, observamos o fenômeno chamado de “oxidação”, no qual materiais plásticos se tornam, gradualmente, amarelados.

 

Por fim, mas não menos importante, encontra-se o componente-chave de tudo que envolve o estresse químico: o NOX (que em contato com a água pode produzir o ácido nítrico) e que possui um efeito muito mais corrosivo.
Junta-se a ele o SO2, substância emanada pelos carros e outros veículos. E a lista não pára por aqui. Há outras substâncias.
A própria água, em estado líquido ou vapor, pode produzir danos sobre as mídias impressas.

 

Todos esses elementos são fortemente presentes no meio urbano e as reações químicas provenientes da ação entre eles (algumas vezes potencializada pela luz do sol e raios ultravioletas) é muito difícil de quantificar. Mas sua ação sobre as mídias impressas, mesmo as rígidas, não pode ser negligenciada.

 

O calor também pode agir negativamente sobre a impressão através das luzes infravermelhas que, gradualmente, escurecem algumas partes do impresso.Quando a temperatura excede os 50ºC, o processo térmico inicia, e alguma parte do material impresso irá escurecer.

 

A luz também danifica a impressão. Não a luz comum, mas, sim, aquela conhecida como ultravioleta.A luz UV pode ser dividida em três grupos: UV-A (315-400 nm), BV-B (280-315 nm) e UV-C (150-280 nm). A energia da luz é inversamente proporcional ao seu comprimento de onda. Ou seja, ondas curtas possuem grande quantidade de energia. E quando falamos em grande energia, referimo-nos a uma grande interação entre partículas de photons e moléculas que compõem as tintas.
 

A luz UV penetra no substrato em nível micro, interagindo com suas moléculas. Sua energia pode destruir essas moléculas e átomos. Esse é o caso, por exemplo, das células humanas; também é o caso dos pigmentos e de outros componentes da tinta.

 

Todas essas quatro fontes de desgaste e envelhecimento dos substratos impressos são conhecidas, mas muito difíceis de quantificar e prever. Além disso, nós observamos que em todos os casos há o efeito dominó, o que torna o processo todo mais complexo ainda.

 

O envelhecimento causado por efeitos mecânicos e químicos são muito difíceis de compreender, e, assim, de simular.

O desgaste provocado pelas ondas de luz UV é mais compreensível para nós, uma vez que pode ser simulado e previsto. Para tanto, usamos um simulador de luz solar equipado com uma potente luz de Xeon, que podemos criar, ainda, umidade para o ambiente, caso seja necessário.

Esse quadro acelera visivelmente o desgaste da mídia, ao contrário de que se esta estivesse exposta a condições naturais.
 

Depois de um determinado tempo, aproximadamente dois anos (em condições reais), nota-se que conforme o tempo de exposição da mídia aumenta, o Delta E (variação) da mesma cresce em curva ascendente. Num determinado ponto do espaço de tempo de exposição da mídia à luz, esse desgaste se acelera abruptamente.

 

Se medirmos com um espectrofotômetro, veremos essa variação.

Existem outras ferramentas para realizarmos essa comparação, como a BlueWool (especialmente para tecidos, no caso) ou testes com escalas Grey.
Nossa meta é a de conhecer quando a aceleração dessa degeneração da mídia acontece, informar nossos parceiros que esse processo natural ocorre, e, também, tentar encontrar a melhor maneira de assegurar uma maior durabilidade e retardar o processo de envelhecimento.
 

Empresário Digital

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