Compartilhe com sua comunidades

Google simula surgimento da vida digital com programas autorreplicantes

🎧 Resumo em Áudio

Clique para gerar e ouvir um resumo desta notícia.

Pesquisadores do Google observam formas de vida digital emergirem de dados aleatórios em experimento inovador

Pesquisadores do Google afirmam ter observado o surgimento de formas de vida digital autorreplicantes a partir de dados aleatórios. Em um experimento que simulou a evolução desses dados ao longo de milhões de gerações, a equipe testemunhou a emergência de programas autorreplicantes. Os resultados, publicados em um estudo ainda não revisado por pares, podem fornecer insights sobre a origem da vida biológica.

Susan Stepney, da Universidade de York, Reino Unido, comentou sobre o estudo: “Conseguir evoluir programas autorreplicantes a partir de pontos iniciais aleatórios é um grande feito. Isso definitivamente é um passo importante para entender as possíveis rotas para a origem da vida.”

A vida na Terra provavelmente começou em uma “sopa primordial” onde uma mistura aleatória de água e compostos orgânicos, ao longo de bilhões de anos, originou os primeiros organismos. Ben Laurie, engenheiro de software do Google e coautor do estudo, explicou que “a física ocorreu, e ocorreu muito ao longo de um tempo muito longo, dando origem a coisas muito complicadas.”

No experimento, os pesquisadores usaram uma linguagem de programação chamada Brainfuck, conhecida por sua simplicidade extrema, permitindo apenas operações matemáticas básicas. Eles modificaram a linguagem para permitir que dados aleatórios interagissem entre si sem regras pré-definidas. Apesar dessas condições rígidas, programas autorreplicantes foram formados.

Laurie acredita que os resultados mostram que existem “mecanismos inerentes” que permitem a formação da vida. No entanto, especialistas como Richard Watson, da Universidade de Southampton, Reino Unido, observam que a autorreplicação por si só não define a vida. É necessário observar um aumento na complexidade dos organismos.

Watson explicou: “A complexidade, conforme medida, aumenta após o surgimento do autorreplicador, mas não está claro se isso se desenvolve de maneira significativa. A autorreplicação é importante, mas acreditar que é uma solução mágica seria um erro.”

Laurie sugere que, com maior poder computacional, poderiam surgir programas mais complexos. Com hardware mais avançado, poderíamos ver a emergência de formas de vida digital ainda mais complexas.

Gustavo Fleming Martins

Informação valiosa, 
no tempo certo

Assine nossa newsletter

Anúncio

O dezembro começou com barulho. A The Led recebeu um aporte de R$ 150 milhões da Kinea e reposicionou o DOOH brasileiro como protagonista na disputa pela atenção. Um movimento...
No palco central do Web Summit 2025, Tim Berners-Lee e John Bruce defenderam a face mais urgente da nova internet… a soberania digital. Lauren Jackson conduziu uma conversa que mostrou...
A história da IQM no WebSummit Lisboa 2025 parece ficção científica, mas é só execução fria e ousadia técnica. Jan Goetz e Tom Henriksson revelaram como uma startup que começou...
A palestra de Philip Rathle, CTO da Neo4j, no WebSummit Lisboa 2025 virou um sinal de alerta no debate sobre IA. Ele mostrou que agentes inteligentes não falham por falta...
A palestra de Sara Vienna expõe o relacionamento invisível entre humanos e IA e mostra por que o futuro do design exige lucidez, responsabilidade e valor real....
Como criadores e marcas constroem comunidade, contexto e confiança antes do produto. Um case de storytelling, conteúdo e impacto real....