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Priner Adquire Real Estruturas por R$ 170 Milhões e Aumenta Faturamento em 30%

Aquisição quadruplica receita da Priner no setor de mineração e reforça presença em mercados de maiores margens

A Priner, empresa de serviços industriais, anunciou a compra da Real Estruturas e Construções por R$ 170,7 milhões, marcando a maior aquisição de sua história. A transação, que representa um aumento de 30% no faturamento da Priner, é um passo estratégico que amplia sua atuação no setor de montagem de equipamentos eletromecânicos. Com valor de mercado de R$ 575 milhões, a Priner tem realizado um movimento constante de crescimento, acumulando 10 aquisições desde sua independência em 2012, após o spinoff da Mills.

A Real Estruturas, com sede em Minas Gerais, é especializada na montagem de painéis elétricos, caldeiras, guindastes e esteiras, atendendo grandes mineradoras como Vale, Anglo American e CSN. A aquisição, além de adicionar R$ 350 milhões em receita líquida, R$ 61 milhões em EBITDA e R$ 34 milhões em lucro líquido ao portfólio da Priner, representa a entrada da empresa em um setor com margens mais elevadas, quadruplicando sua receita no segmento de mineração.

Túlio Cintra, CEO da Priner, destacou que a compra da Real está alinhada com o plano de expansão apresentado em 2021, focado em mercados de maior rentabilidade. O acordo, que aguarda a aprovação do CADE, foi fechado a 4x lucro, com 88% do valor pago em dinheiro e 12% em ações precificadas a R$ 12,35.

Daniel Belém, atual CEO da Real, se tornará o quinto maior acionista da Priner, com 3,8% de participação, e liderará uma nova unidade de negócios na companhia. A Priner, que originou-se como montadora de andaimes, vem diversificando suas operações para serviços especializados em grandes indústrias, como pintura industrial, engenharia de integridade e manutenção civil.

Mesmo com a aquisição, a alavancagem da Priner deve permanecer controlada, com expectativa de aumento do EBITDA no segundo semestre. A empresa projeta que todas as aquisições realizadas devem gerar R$ 250 milhões em receita até 2024, frente aos R$ 111 milhões atuais. Apesar das dificuldades enfrentadas no primeiro semestre, com postergação de contratos na área de óleo e gás, a Priner registrou uma valorização de 14% nas ações nos últimos 12 meses.

Gustavo Fleming Martins

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