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Crescimento do mercado global de bioplásticos

A produção de bioplásticos compostáveis está ganhando força no mercado global, com destaque para a ERT Bioplásticos, empresa que transformou um projeto acadêmico na Clemson University (EUA) em uma solução comercial viável. Sob a liderança de Kim Gurtensten Fabri, a ERT construiu sua primeira fábrica no Brasil em 2021, na Cidade Industrial de Curitiba, e já se prepara para inaugurar sua segunda planta em Manaus.

A ERT Bioplásticos utiliza cana-de-açúcar como matéria-prima para a produção de plásticos compostáveis, atendendo ao crescente mercado de soluções sustentáveis. Em seus primeiros anos comerciais, a empresa teve um crescimento gradual, principalmente através de exportações para mercados mais maduros e legislados, como Estados Unidos e Europa. Atualmente, cerca de 85% do faturamento da ERT é proveniente do mercado externo, enquanto apenas 15% das vendas estão concentradas no Brasil.

O mercado global de bioplásticos está em expansão, movido por legislações ambientais mais rigorosas e pela demanda crescente por soluções que reduzam o impacto ambiental dos plásticos tradicionais. Entre 2020 e 2021, o mercado de bioplásticos compostáveis cresceu substancialmente, com expectativa de atingir bilhões de dólares nos próximos anos.

Apesar dos desafios enfrentados no início, principalmente em relação ao custo mais elevado dos produtos sustentáveis, a ERT conseguiu superar essa barreira. Hoje, os bioplásticos da empresa têm uma diferença de custo de aproximadamente 70% em relação aos plásticos convencionais, uma redução significativa em comparação aos primeiros anos, quando o custo era até dez vezes maior.

A estratégia de expansão da ERT também inclui o fortalecimento de sua competitividade por meio de incentivos fiscais, como os oferecidos na Zona Franca de Manaus. A nova planta na região visa reduzir ainda mais os custos de produção, tornando a empresa mais competitiva e aproximando os preços de seus produtos dos plásticos tradicionais. Esse movimento é fundamental para atender tanto o mercado interno quanto os mercados externos, que já adotam legislações mais rigorosas quanto ao uso de plásticos descartáveis.

A combinação de inovação acadêmica e visão de mercado tem sido um diferencial para a ERT Bioplásticos. A empresa conseguiu transformar patentes acadêmicas em produtos comerciais viáveis, colaborando com universidades americanas e brasileiras. No entanto, o Brasil ainda enfrenta desafios nesse tipo de colaboração devido à burocracia e à falta de incentivos.

A trajetória da ERT Bioplásticos, sob o comando de Kim Gurtensten Fabri, é um exemplo de como a inovação pode criar oportunidades em setores tradicionais, como a indústria de plásticos, e como startups podem se posicionar para competir com grandes empresas estabelecidas. A tendência global de substituição de plásticos descartáveis por alternativas sustentáveis cria um ambiente favorável para o crescimento de empresas como a ERT, que combina tecnologia, sustentabilidade e competitividade.

Gustavo Fleming Martins

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