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Incerteza fiscal e inflação desafiam o cenário econômico, diz Rafaela Vitória

Economista-chefe do Inter alerta para alta de juros e necessidade de controle fiscal

O cenário econômico brasileiro segue marcado pela incerteza fiscal e pela pressão inflacionária, segundo Rafaela Vitória, economista-chefe do Inter. Ela destaca que, embora o Banco Central tenha optado por uma elevação da Selic para 10,75% ao ano, a grande preocupação do mercado está no risco de uma aceleração maior da inflação, impulsionada principalmente pela expansão de gastos públicos. Vitória aponta que o dólar, atualmente cotado a R$ 5,65, acima da expectativa de R$ 5,40, adiciona uma pressão inflacionária que pode exigir novas altas na taxa de juros.

Em seu relatório mais recente, Vitória revisou a projeção de inflação para 2024, ajustando de 4,4% para 4,5%, devido aos efeitos do choque climático sobre energia e alimentos. Apesar de sua crítica à decisão de elevar os juros, a economista prevê duas novas altas de 0,50 ponto percentual na Selic até o final do ano, refletindo o esforço para conter a inflação. A economista acredita que, com a confirmação de Gabriel Galípolo como presidente do Banco Central a partir de 2025, o desafio será demonstrar na prática o compromisso com a estabilidade monetária e o cumprimento da meta de inflação.

Vitória ressalta que o mercado está no “modo ver para crer” em relação à política fiscal do governo. Para reconquistar a confiança, o governo precisará apresentar números que comprovem o controle de gastos. Segundo a economista, o governo tem espaço para corrigir excessos nas despesas, como em programas sociais, e cortar entre R$ 30 bilhões e R$ 50 bilhões no próximo ano.

A decisão recente da Moody’s de elevar a nota soberana do Brasil foi recebida com ceticismo pelo mercado, segundo Vitória. Ela atribui a melhora na nota ao fato de o Brasil estar relativamente melhor em comparação a outros países em termos de qualidade de crédito, mas destaca que o pessimismo do mercado reflete a falta de confiança no cumprimento das promessas de ajuste fiscal.

Gustavo Fleming Martins

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