A Qualcomm, liderada pelo brasileiro Cristiano Amon, é uma gigante tecnológica com receita anual de US$ 37,3 bilhões, destacando-se como uma das maiores fabricantes de processadores no mundo. A empresa projeta que, em cinco anos, a inteligência artificial (IA) estará integrada a praticamente todas as interações humanas, impulsionando transformações em diversos setores, como dispositivos móveis, automotivo e industrial.
Amon aponta que a IA generativa, além de otimizar a comunicação entre humanos e máquinas, permitirá maior personalização a custos mais baixos. Um exemplo é a execução local de tarefas de IA em dispositivos como smartphones e notebooks, reduzindo a dependência da nuvem. Essa abordagem visa criar experiências interativas mais fluídas, incluindo edição de imagens, pesquisas contextuais e automação de tarefas cotidianas.
No mercado de games, a Qualcomm já adaptou mais de 1.200 títulos para sua plataforma Snapdragon, ampliando o desempenho em smartphones e dispositivos móveis dedicados. O setor automotivo também se beneficia, com US$ 45 bilhões em projetos que incluem soluções para direção assistida e entretenimento em carros elétricos.
O Brasil, por sua vez, desponta como um mercado estratégico para a empresa, com iniciativas focadas no agronegócio, energia e conectividade. A transição para aplicações industriais de internet das coisas (IoT) é uma das principais apostas para expandir operações locais, promovendo parcerias e novos investimentos.
A adoção de IA não enfrenta barreiras técnicas significativas, mas depende da criatividade dos desenvolvedores para escalar aplicativos que aproveitem a tecnologia. Amon reforça que o avanço nos próximos anos será determinado pela intensidade da adoção e pela capacidade de transformar mercados inteiros.