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IPOs no Brasil devem alcançar R$ 27 bilhões em emissões em 2025

Após anos de retração no mercado de IPOs no Brasil, as expectativas para 2025 indicam uma possível reabertura dessa modalidade, especialmente no segundo semestre. Segundo o UBS BB, o volume de emissões em equity (IPOs e follow-ons) deve alcançar R$ 27 bilhões, superando os R$ 25 bilhões de 2024. A recuperação ainda está abaixo dos picos históricos, mas em linha com a média pré-pandemia.

Enquanto o mercado brasileiro ainda enfrenta incertezas macroeconômicas, as listagens de empresas nos Estados Unidos despontam como uma alternativa viável. Em 2024, empresas brasileiras como Nubank, XP e Stone consolidaram a atratividade do mercado americano, com valuations relevantes. O apetite de investidores globais por ativos brasileiros continua robusto, especialmente em setores como serviços financeiros e tecnologia.

No mercado de renda fixa, o ano passado foi histórico, com R$ 520 bilhões em emissões, um aumento de 67% em relação a 2023. Para 2025, o UBS BB projeta um volume entre R$ 540 bilhões e R$ 550 bilhões. Esse crescimento é sustentado pela alta dos juros, que direcionou um fluxo expressivo de capital para fundos de renda fixa. Apesar de spreads ajustados, a demanda por papéis de dívida corporativa permanece elevada.

Tamanho do mercado e projeções
A recuperação do mercado de capitais é acompanhada de perto por movimentações de M&A. O UBS BB registrou mais de 20 transações em 2024, com setores como utilities, saúde e tecnologia puxando as negociações. Em 2025, a continuidade desses movimentos pode fortalecer o mercado, com transações cross-border e private equity ganhando destaque.

Embora o mercado de renda variável seja uma incógnita, o cenário macroeconômico pode oferecer janelas de oportunidade. Com a possível redução da curva de juros no segundo semestre e o aquecimento de setores específicos, como utilities e saneamento básico, investidores institucionais e empresas terão incentivo para acessar o mercado.

A questão central permanece: os IPOs em 2025 consolidarão uma retomada sólida ou serão mais um reflexo de um mercado restrito e seletivo? Os próximos meses trarão respostas, mas os números já indicam que, mesmo em tempos desafiadores, oportunidades existem para aqueles dispostos a navegar um cenário complexo.

Gustavo Fleming Martins

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