O que realmente faz um banco ser um banco? O cofre? O prédio? O aplicativo no celular? Ou é algo menos tangível a confiança de que, ao abrir a conta, seu dinheiro estará lá?
O mundo financeiro foi construído em cima dessa confiança. Mas e quando ela começa a mudar? Quando percebemos que o dinheiro não é mais físico, que as transações acontecem sem que a gente veja, que os ataques digitais são tão perigosos quanto um assalto à mão armada?
O sistema bancário foi criado para um mundo analógico. Foi se adaptando, é verdade, mas sem abandonar sua essência centralizadora. Enquanto novas formas de dinheiro surgem, como criptomoedas, moedas digitais emitidas por governos, transações sem intermediários, os bancos precisam encontrar seu lugar. O que era uma fortaleza de concreto e aço hoje se resume a servidores, algoritmos e firewalls. Mas a pergunta continua a mesma: quem protege quem?
Sou cliente do Bradesco há anos. Já passei por crises, mudanças de mercado, transformações digitais, e o banco sempre esteve lá, acompanhando os movimentos. Bancos são alvos fáceis de reclamações, mas poucos falam do trabalho que existe para manter uma estrutura dessas funcionando. Não é apenas sobre tecnologia, mas sobre percepção.
É por isso que nesta edição da Revista Empresário Digital, trago na capa Nathalia Garcia, executiva de marketing do Bradesco. Porque cuidar de um banco hoje não é só lidar com números; é cuidar da imagem, da credibilidade, do que ele representa para milhões de pessoas. E essa não é uma tarefa fácil. Nathalia tem uma trajetória que mostra o quanto a confiança de um banco não se constrói apenas com segurança digital, mas também com a forma como ele se posiciona diante das mudanças.
O dinheiro está mudando. O sistema financeiro está mudando. Mas no final das contas, tudo se resume a uma pergunta: em quem você confia para proteger o que é seu?