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Sparta cresce 70% em um ano e adota estratégia cautelosa no crédito

Gestora fecha captações e avalia mercado diante de spreads reduzidos

A gestora de crédito Sparta ampliou sua carteira de R$ 10 bilhões para R$ 17 bilhões em um ano, refletindo a alta demanda por crédito privado. No entanto, o cenário atual levou a empresa a adotar uma postura mais seletiva, restringindo novas captações e analisando emissões com maior rigor.

O mercado de crédito apresenta uma discrepância entre risco e retorno. Apesar do aumento da taxa de juros, os spreads seguem baixos, indicando um desequilíbrio na precificação dos títulos. A diferença entre papéis AAA e A atingiu níveis historicamente elevados, com os primeiros oferecendo menos de um ponto percentual de spread, enquanto os de maior risco chegam a 2,3 pontos percentuais.

A Sparta identificou que a forte demanda por títulos de menor risco mantém os spreads reduzidos, mesmo com a piora do cenário econômico. Esse movimento pode ser interrompido caso um grande emissor enfrente dificuldades ou se a procura por crédito privado enfraquecer.

Para mitigar riscos, a gestora optou por fechar alguns de seus fundos e limitar novas alocações. Em fevereiro, a empresa analisou 21 ofertas, somando R$ 16 bilhões, mas investiu apenas R$ 164 milhões em ativos não isentos e R$ 215 milhões em debêntures incentivadas. Para março, espera avaliar 11 ofertas no valor total de R$ 12 bilhões.

Mesmo diante do cenário desafiador, a Sparta vê oportunidades em debêntures incentivadas, que oferecem taxas de IPCA+8%, com isenção tributária agregando entre 2% e 2,5% ao retorno dos investidores. A última vez que o mercado operou nesses níveis foi durante o impeachment presidencial, período de maior instabilidade econômica.

Nos últimos 12 meses, os fundos Sparta Top e Sparta ANS registraram rendimento de 113% do CDI, reforçando a eficiência da estratégia da gestora diante das condições do mercado.

Gustavo Fleming Martins

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