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Minerva movimenta R$ 2 bilhões com aumento de capital privado em 2025

Operação reduz alavancagem e projeta incremento no lucro por ação

A Minerva Foods anunciou a realização de um aumento de capital privado no valor de R$ 2 bilhões, com o objetivo de reduzir sua alavancagem financeira após a aquisição de 13 unidades da Marfrig no fim de 2024. O preço por ação foi fixado em R$ 5,17, com base na média dos últimos 60 pregões, o que representa um desconto de aproximadamente 20% em relação ao valor de fechamento da ação no dia do anúncio, de R$ 6,44.

A operação prevê a emissão de “warrants” como incentivo adicional aos investidores. A cada ação subscrita, será concedido meio warrant, que poderá ser exercido ao longo dos próximos três anos pelo mesmo preço de R$ 5,17. Com isso, o valor potencial total da captação pode atingir R$ 3 bilhões.

Do total anunciado, metade já está assegurada. A família Vilela de Queiroz, controladora da holding VDQ, se comprometeu com um aporte de R$ 700 milhões. Já o fundo soberano saudita Salic vai injetar R$ 300 milhões. Atualmente, VDQ e Salic detêm 23% e 31% da companhia, respectivamente. Após a operação, a participação da VDQ deve subir para 26,3%, enquanto a do Salic pode cair para 24,9%, considerando uma subscrição superior a 90%.

A operação tem como foco principal a aceleração da desalavancagem. Após a aquisição das unidades da Marfrig, a alavancagem da Minerva subiu de 2,5x para 3,7x EBITDA. A previsão inicial era encerrar 2025 com alavancagem em 3x e retornar ao patamar anterior em 2026. Com a nova capitalização, a projeção passa a ser de 3,2x ainda em 2025 e de retorno ao nível de 2,5x já no primeiro trimestre de 2026.

A empresa estima que a redução da dívida em R$ 2 bilhões deve gerar uma economia financeira de R$ 310 milhões. Ajustado pelo imposto, esse montante representaria um impacto positivo de R$ 286 milhões no lucro líquido projetado. Analistas estimam atualmente um lucro de R$ 313 milhões para 2025, com um lucro por ação de R$ 0,53. Com a nova base acionária, que passará de 588 milhões para 975 milhões de ações, o lucro por ação projetado sobe para R$ 0,59, refletindo um aumento de 12%.

Com valor de mercado atual de R$ 3,9 bilhões, a operação implicará em diluição significativa de até 65% para os acionistas que não aderirem. Ainda assim, a expectativa da administração é de que a transação seja benéfica ao resultado por ação, devido à elevada carga financeira atual.

Gustavo Fleming Martins

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