Parceria com Itajubá Capital sustenta expansão em crédito inadimplente no país
A Smart Compass anunciou a captação de R$ 100 milhões com a Itajubá Capital para impulsionar sua atuação no mercado brasileiro de créditos inadimplentes. O aporte tem como meta viabilizar a aquisição de até R$ 1,5 bilhão em ativos classificados como estressados até o final de 2025. Atualmente, a empresa administra uma carteira total de R$ 910 milhões, sendo R$ 540 milhões próprios e R$ 370 milhões sob gestão de terceiros.
Fundada em 2023, a Smart Compass surgiu como uma joint venture entre a OR Services, com experiência em ativos judiciais, e a Smart House Investments, holding mineira com atuação em crédito, mineração e mercado imobiliário. A companhia foca na compra de dívidas com inadimplência elevada, originadas principalmente de cooperativas de crédito, bancos médios e fundos de investimento.
A operação com a Itajubá Capital representa um movimento estratégico para consolidar a presença da empresa em um setor com crescimento acelerado. A empresa aplica tecnologia própria para análise patrimonial, localização de bens e automação de cobrança, resultando em uma taxa média de recuperação de 54,5%, frente à média nacional de 18%, conforme dados do setor.
Entre os movimentos recentes, destaca-se a aquisição de uma carteira judicializada superior a R$ 300 milhões no primeiro trimestre de 2025, originada de uma cooperativa financeira do Sul do país. A negociação permitiu à instituição vendedora reduzir exposição a riscos e liberar capital para operações principais.
A Smart Compass também desenvolveu nos últimos seis meses uma plataforma de precificação padronizada, voltada à análise de ativos problemáticos. A ferramenta tem sido aplicada em todas as novas operações, com o objetivo de aumentar a transparência nas avaliações e otimizar as decisões de compra.
Com uma equipe executiva composta por profissionais oriundos do mercado financeiro e jurídico, a Smart Compass mantém foco em escala operacional por meio da automação e do uso de dados. A previsão é de que, com os novos recursos, a empresa dobre o volume de ativos sob gestão até o final de 2025, com reforço em sua estrutura tecnológica, ampliação da equipe de análise e expansão regional.
A companhia aposta na consolidação de um modelo baseado em inteligência patrimonial, recuperação judicial e liquidez imediata para os credores, apresentando-se como alternativa no setor de ativos estressados em um momento de alta inadimplência e reavaliação dos ativos corporativos no Brasil.