A HSI confirmou a aquisição do JW Marriott São Paulo, reforçando sua atuação no setor hoteleiro com um portfólio que agora totaliza 2,4 mil quartos. O negócio foi estruturado por meio do fundo HSI RE Special Account IV FIP Multiestratégia e aguarda aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O ativo, localizado em uma das áreas mais valorizadas da capital paulista, era anteriormente ocupado pelo Four Seasons e foi reposicionado com a bandeira JW Marriott em 2022.
O hotel soma 258 quartos e suítes de padrão internacional, além de restaurante, spa, academia, piscina e um centro de eventos com mais de mil metros quadrados. A aquisição segue o plano da HSI de investir em ativos de hospitalidade com alto potencial de valorização e em parcerias com operadoras de padrão global. A marca JW Marriott é controlada pela Marriott International, que opera mais de 8,5 mil propriedades em 138 países.
Esta é a segunda aquisição da HSI no setor em 2025. Em março, a gestora já havia anunciado a compra do InterContinental São Paulo, na região da Avenida Paulista. Em 2023, adquiriu o Hilton Copacabana, no Rio de Janeiro, expandindo sua atuação para os principais eixos turísticos e corporativos do país. Com esses ativos, a HSI consolida presença em três dos mais importantes polos hoteleiros do Brasil, com bandeiras internacionais como Hilton, IHG, Accor e a operadora brasileira Atrio integrando seu portfólio.
A HSI administra atualmente R$ 13,1 bilhões em ativos sob gestão. As aquisições recentes são vistas como estratégicas diante de uma recuperação gradual do setor de turismo e eventos corporativos no pós-pandemia. Dados do setor indicam que a ocupação hoteleira nas principais capitais brasileiras superou 65% no primeiro trimestre de 2025, com crescimento de receita por quarto disponível (RevPAR) acima de 15% em relação ao mesmo período do ano anterior.
O movimento da HSI acompanha uma tendência de revalorização dos ativos imobiliários voltados para hospitalidade em centros urbanos estratégicos, especialmente em um cenário de readequação dos portfólios institucionais e maior interesse por ativos com geração recorrente de receita e gestão especializada.