A JHSF reportou receita bruta de R$ 440 milhões no primeiro trimestre de 2025, alta de 37% em relação ao mesmo período do ano anterior e R$ 50 milhões acima do consenso de mercado. O crescimento foi liderado pelas operações de renda recorrente, que representaram 74% da receita total da companhia, superando os 66% projetados anteriormente pela gestão. O EBITDA ajustado atingiu R$ 198 milhões, avanço de 61%, também acima das estimativas, com margem beneficiada principalmente pela performance do segmento de shoppings e hospitalidade.
O Shopping Cidade Jardim registrou alta de 25% nas vendas, contribuindo para o crescimento de 20% na receita líquida da divisão, que totalizou R$ 87,5 milhões. Um dos destaques foi a inauguração da flagship da joalheria Van Cleef & Arpels, que fechou operação em um concorrente e apresentou aumento de mais de 50% nas vendas desde a mudança de local. Já a vertical de hospitalidade e gastronomia, que engloba os hotéis e restaurantes da marca Fasano, ultrapassou pela primeira vez R$ 100 milhões de receita em um primeiro trimestre, com crescimento de 23%. A empresa anunciou a abertura de seu quinto hotel internacional, o Fasano Beach Club Hotel, com 20 quartos em Punta del Este.
A operação do Aeroporto Catarina também apresentou forte desempenho, com aumento de 48,6% nas movimentações e crescimento de 33% na receita, enquanto o EBITDA do segmento avançou 49%. A capacidade atual está esgotada e a companhia iniciou a expansão de 12 para 16 hangares. A unidade de residences & clubs teve avanço de 148%, alcançando R$ 55,3 milhões em receita com margem EBITDA de 86,2%.
Mesmo com uma estratégia conservadora na área de incorporação, a receita bruta do segmento cresceu 43%, totalizando R$ 97,5 milhões. A empresa segue priorizando preservação de margens, evitando descontos para acelerar vendas. A reavaliação de ativos impulsionou o lucro líquido a R$ 340 milhões, alta de 139% na comparação anual. Sem esses efeitos, o lucro recorrente teria sido de R$ 72,3 milhões, avanço de 41%.
A ação da JHSF acumula valorização de 15% nos últimos 12 meses, e a companhia tem valor de mercado de R$ 3,3 bilhões. A gestão tem intensificado o relacionamento com analistas e investidores para demonstrar o caráter defensivo e diversificado do portfólio, que avança em todas as frentes mesmo em um ambiente macroeconômico desafiador.