Para me ajudar a escrever esse artigo hoje, que fala sobre a paixão da minha vida profissional, o Marketing, pedi ajuda para três dos meus mestres para me ajudar
•”Marketing autêntico não é sobre vender o que você faz, mas sim sobre fazer o que você vende ser valioso.” Philip Kotler
•”O propósito do marketing é tornar a venda supérflua.” Peter Drucker
•”Marketing é o ato generoso de ajudar os outros a resolver um problema. É o ato de mudar pessoas para melhor.” Seth Godin
Quase tudo que foi inventado pelo ser humano nasceu com a intenção de fazer o bem. Isso é um fato. A pólvora, por exemplo, foi desenvolvida na China para fins cerimoniais e medicinais — mas acabou sendo transformada em arma de guerra, usada por séculos em canhões e explosivos. A energia nuclear surgiu com o propósito de gerar energia limpa e eficiente — não de destruir cidades inteiras com bombas atômicas. As criptomoedas e o blockchain foram idealizados para descentralizar o controle financeiro e garantir privacidade e segurança nas transações — não para servir a golpes, esquemas de pirâmide e lavagem de dinheiro.
Poderíamos passar horas listando como o mesmo ser humano, capaz de criar soluções para erradicar a fome no mundo, também é capaz de contaminar a comida e ser o único a deter a cura.
Com o marketing, não é diferente.
A base do marketing — sua teoria, suas ferramentas, sua lógica e sua aplicação — foi construída para gerar oportunidades em um ambiente de concorrência justa. Para permitir que empresas nasçam, cresçam, prosperem e sobrevivam. Para ajudar ideias a se tornarem negócios. E negócios a se tornarem legado.
No entanto, há alguns anos, sob o pretexto de ser “só marketing”, vimos surgir distorções perigosas. Em nome da criatividade, ultrapassam-se os limites da ética. No marketing político, manipula-se o medo. No greenwashing, veste-se o discurso ambiental sem prática verdadeira.
Com as fake news e o uso irresponsável da inteligência artificial, disseminam-se mentiras como se fossem verdades.
Mas, sejamos claros: marketing
não é maquiar produtos ruins
com embalagens bonitas. Não é tirar fotos perfeitas de algo imperfeito para enganar o consumidor com a ilusão de uma grande oportunidade.
O nome disso não é marketing. O nome disso é picaretagem. É falta de ética. É falta de caráter.
O bom marketing — o verdadeiro marketing — é aquele que, mesmo diante das fragilidades do produto, do mercado, da concorrência, da distribuição ou da logística, encontra caminhos éticos, criativos e honestos para gerar valor real.
É o marketing feito com propósito.
Com integridade. E, acima de tudo, com amor.
Porque, no verdadeiro marketing, a vaidade não tem vez. Só a verdade.