O mercado norte-americano de capitais passa por uma realocação significativa. Empresas que aumentaram investimentos em inteligência artificial registraram valorização média de 27% no último trimestre, enquanto companhias focadas em recompra de ações tiveram desempenho inferior a 9%. Segundo a Reuters, o volume destinado a projetos de IA superou R$ 2,1 trilhões em 2025, ultrapassando pela primeira vez o montante aplicado em programas de buyback corporativo. O movimento reflete a mudança de perfil dos investidores institucionais, que priorizam empresas com potencial de crescimento tecnológico e ganhos de produtividade mensuráveis.
Microsoft, Alphabet e Amazon ampliaram seus orçamentos de capital em 31%, 28% e 22% respectivamente, concentrando mais de 40% dos investimentos globais em IA generativa. O aumento ocorre em meio à desaceleração dos lucros trimestrais e à revisão das políticas de retorno imediato ao acionista. Fundos de pensão e gestoras de private equity seguem essa tendência, com 63% dos gestores entrevistados pelo Bank of America declarando que pretendem reduzir exposição a companhias que não destinam ao menos 10% de seu capex a iniciativas de IA.
O impacto direto é perceptível nas bolsas. O índice Nasdaq AI Composite, que reúne empresas com investimentos relevantes em automação e aprendizado de máquina, acumulou alta de 42% em 2025, superando em três vezes o desempenho do S&P 500. Essa concentração de capital altera o ritmo da inovação e reposiciona o critério de valorização do mercado. Os investidores agora tratam investimento em inteligência artificial não como custo, mas como métrica central de competitividade de longo prazo.