O governo chinês aprovou um plano estratégico que prevê investimentos superiores a R$ 1,6 trilhão entre 2026 e 2030 para impulsionar a produção nacional de semicondutores, softwares de base, inteligência artificial e redes 6G. O Comitê Central do Partido Comunista anunciou que o país adotará “medidas extraordinárias” para reduzir a dependência tecnológica externa, priorizando pesquisa e inovação local em microeletrônica e computação de alto desempenho. A meta é elevar a participação de chips produzidos domesticamente de 27% para 60% até o fim da década.
O plano contempla subsídios fiscais e linhas de crédito direcionadas a empresas estatais e privadas com foco em design e fabricação de semicondutores. A expectativa é que o setor alcance faturamento de R$ 3,8 trilhões até 2030, um salto de 140% em relação a 2024. O movimento também amplia a influência de fabricantes locais como SMIC e YMTC, que deverão responder por 35% das exportações de tecnologia avançada do país até o final do período.
Em paralelo, o governo pretende acelerar a adoção de IA em setores estratégicos como energia, defesa e transporte, investindo cerca de R$ 400 bilhões em infraestrutura digital e data centers. A iniciativa faz parte do programa “Made in China 2030”, que busca consolidar o país como principal polo global de inovação tecnológica, especialmente em componentes críticos para cadeias produtivas globais.