Quando você se depara com as maçãs da Turma da Mônica no mercado, com os vestuários de personagens nas grandes varejistas, as linhas de maquiagem de marcas de balas no O Boticário ou, ainda, com a divulgação de eventos como Monet, Hot Wheels, entre tantos outros, há um mercado por trás de tais estratégias movimentando mais de 23 bilhões de reais por ano no país.
É o setor que torna desejos aspiracionais algo tangível por meio do encantamento. Do storytelling que reúne emoção e desejo com produtos/serviços. Essa é a dinâmica do licenciamento de marcas e personagens!
Trata-se do direito contratual de utilização de determinada marca, imagem ou propriedade intelectual e artística registrada, que pertença ou seja controlada por terceiros, em um produto, um serviço ou uma peça de comunicação promocional ou publicitária. Esse direito é concedido por tempo limitado em troca de uma remuneração, normalmente definida como um percentual aplicado sobre o valor gerado com as vendas ou a prestação de serviços que utilizam esse licenciamento.
Reconhecimento do público-alvo, diferenciação em relação aos concorrentes, rentabilidade por meio de margens mais altas pela força da marca, entrada facilitada nos canais de distribuição e o fortalecimento da marca da empresa são alguns dos benefícios ao licenciar uma marca/personagem.
É a ferramenta de marketing mais assertiva para conversar com os consumidores. Quer dizer, fãs das marcas. Este não é um cenário novo no Brasil, mas certamente é, hoje, um segmento mais maduro, sofisticado e cada vez mais rentável. São cerca de 700 propriedades disponíveis para negócios – das quais 80% são estrangeiras, gerenciadas por cerca de 50 licenciadores ou agentes e mais de 800 empresas licenciadas. O mercado gera aproximadamente 1.500 empregos diretos e milhares de empregos indiretos. Dentre os setores que mais utilizam o licenciamento estão confecção, papelaria, brinquedo e personal care. O Brasil está entre os seis países com maior faturamento em licenciamento de marcas do mundo. Estados Unidos, Japão, Inglaterra, México e Canadá estão entre os mais expressivos.
Tenho certeza de que, a partir de agora, ao se deparar com marcas e personagens por aí, seu olhar estará mais apurado, analisando quais acordos por meio do licensing são mais interessantes do ponto de vista dos negócios!