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Alstom pagou US$ 20 milhões em propina no Brasil

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Alstom pagou US$ 20 milhões em propina no Brasil, diz jornal

 

  

 

A companhia francesa de equipamentos de energia e ferrovias Alstom é suspeita de ter pagado US$ 20 milhões (R$ 46 milhões) em propinas no Brasil para receber benefícios em contratos públicos nos anos 90, segundo divulgou o jornal "O Estado de S. Paulo" na edição desta sexta-feira. A empresa está sendo investigada pela Justiça da Suíça, conforme noticiou a publicação.

 

Em investigação paralela no Brasil, a Polícia Federal teria indiciado dez pessoas, entre as quais os ex-secretários estaduais de São Paulo, Jorge Fagali Neto e Andrea Matarazzo, pela mesma denúncia de corrupção. Segundo o jornal, documentos da Justiça suíça mostram informes internos da companhia que revelariam o modo de operação. A reportagem afirma que o esquema incluiria até uma "tabela oficial" de suborno no país. As evidências mostram que a Alstom teria feito pagamentos por empresas offshore para financiar partidos. O dinheiro teria comprado benefícios ao grupo em projetos que envolveram Furnas, Eletropaulo e a usina de Itá.

De acordo com um suposto comunicado interno da Alstom obtido pela justiça da Suíça, o então diretor da Cegelec (subsidiária da Alstom), Andre Botto, em 21 de outubro de 1997, teria escrito que o dinheiro era propina e cobriria finanças do partido – na época, o PSDB governava o Estado de São Paulo -, o Tribunal de Contas do Estado e a Secretaria de Energia. Os recursos ilegais seriam divididos entre políticos e os órgãos do governo estadual.

A mensagem de Botto citaria como intermediário das negociações um ex-secretário estadual, identificado apenas pela sigla RM. Segundo o jornal, RM seria Robson Marinho, conselheiro do TCE, que, depois de coordenar a campanha de Mário Covas em 1994, foi chefe da Casa Civil entre 1995 e 1997. Outro nome mencionado, diz a reportagem, é o de Romeu Pinto Junior, que foi indiciado pela PF como o organizador do recebimento e distribuição das propinas pela MCA.

A matéria afirma ainda que 7,5% do valor dos contratos eram repassados a várias offshores, além da MCA. Uma delas, a Alcalasser, teria recebido mais de 50 milhões de euros em comissões. Em depoimento a autoridades francesas, o ex-diretor financeiro da Cegelec, Michel Mignot, teria confirmado que a Alcalasser havia sido criada para distribuir pagamentos ilegais. 

  

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