Elon Musk, através da SpaceX, agora controla aproximadamente 62% de todos os satélites em órbita terrestre, com o marco recente de 7.000 satélites Starlink lançados. O número de satélites ativos da rede Starlink cresceu seis vezes nos últimos três anos, com uma média de três novos satélites lançados por dia desde 2019. Atualmente, a rede opera em 102 países e atende mais de 3 milhões de usuários, com expectativa de expansão para dezenas de novos mercados.
A Starlink, serviço de internet via satélite, é o principal projeto de Musk em conectividade global, com planos de lançar até 42.000 satélites para oferecer internet e telefonia em qualquer parte do mundo. O serviço é acessado por meio de um kit terrestre de US$ 300 e uma mensalidade que permite conexão de alta velocidade, mesmo em regiões remotas. Desde seu lançamento, a empresa vem ampliando sua presença, com exceção de países como China, Irã, Coreia do Norte e Rússia, onde restrições políticas e embargos comerciais limitam a operação.
Com a predominância da Starlink, SpaceX superou rivais como OneWeb, que possui cerca de 10% do número de satélites da empresa de Musk. A empresa britânica enfrentou obstáculos logísticos após a invasão da Ucrânia, que levou ao cancelamento de lançamentos programados com a Rússia. Desde então, OneWeb passou a depender dos foguetes da SpaceX para enviar seus satélites ao espaço.
O crescimento exponencial da Starlink e seu domínio no espaço levantam preocupações sobre o poder concentrado nas mãos de Musk, que já controla outras gigantes tecnológicas como Tesla e X (antigo Twitter). Em 2023, Musk afirmou que, com o controle dessas empresas, ele possui mais dados econômicos globais em tempo real do que qualquer outro indivíduo.
Apesar de questões políticas, como a recente ordem de bloqueio do aplicativo X no Brasil, a Starlink inicialmente desconsiderou a restrição, mantendo o acesso à plataforma. No entanto, após pressão, a empresa decidiu se adequar à legislação local.