Novos recursos prometem reformular a forma como informações são entregues
O Google anunciou novas etapas na incorporação de inteligência artificial ao mecanismo de busca, consolidando uma estratégia iniciada com os resumos gerados por IA. A empresa planeja expandir as funções assistivas da busca, permitindo que o sistema analise páginas, colete informações e entregue respostas mais elaboradas.
Durante a apresentação dos resultados financeiros, o CEO Sundar Pichai mencionou o Project Astra, desenvolvido pela DeepMind, que processa vídeo em tempo real e responde a perguntas sobre o conteúdo visualizado. O plano inclui integrar essa tecnologia a dispositivos de realidade aumentada. Outro destaque foi o Gemini Deep Research, ferramenta que automatiza pesquisas extensas e pode modificar o comportamento dos usuários ao buscar informações.
A empresa também estuda aprimorar a interação com a busca, permitindo perguntas complementares e tornando a navegação mais dinâmica. O Project Mariner, outro agente de IA, poderá acessar conteúdos de sites diretamente, reduzindo a necessidade de visitas manuais a páginas da web. Essas mudanças visam ampliar a eficiência da busca e a retenção de usuários dentro do próprio ecossistema do Google.
O crescimento de concorrentes como o ChatGPT elevou a urgência dessas inovações. Com centenas de milhões de usuários semanais, os chatbots de IA representam um desafio ao modelo de negócios do Google, que busca manter sua relevância ao integrar IA diretamente na busca.
O primeiro grande teste da nova abordagem ocorreu com os resumos automatizados da busca, mas falhas iniciais resultaram em respostas imprecisas. A empresa reconheceu a necessidade de ajustes e segue investindo no aprimoramento das soluções de IA. A expectativa é que 2025 traga novas experiências para os usuários e reforce a posição do Google no setor de busca assistida por IA.