Segundo conclusões tiradas do estudo “Papéis e Embalagens Corrugadas” realizado pela multinacional finlandesa de consultoria e serviços de engenharia, Pöyry, a cadeia de produção de embalagens brasileira deve se beneficiar da retomada gradual da produção industrial e das exportações, recebendo os impactos positivos dessa ação e até mesmo se recuperando mais rapidamente da crise que outros setores do mercado.
O gerente de estudos econômicos da Pöyry, Manoel Neves, afirmou que apesar do setor de embalagens ter sido um dos mais prejudicados pela crise no Brasil, será o primeiro a se recuperar devido a sua tendência de reagir mais rápido.
De acordo com o estudo realizado pela Pöyry, a recuperação da atividade industrial no Brasil pode abrir portas para pequenos produtores de papel ondulado e de embalagens, já que são segmentos que apresentam dificuldades atualmente devido a redução da demanda, aumento do custo, endividamento da moeda estrangeira e dificuldade de equalizar o fluxo de caixa.
Na pesquisa constam cerca de 1000 pequenos convertedores em todo o País, representando 23% do mercado brasileiro com atuação mais flexível, aceitando pedidos de lotes de pequeno volume com preços mais agressivos pensando no fato de a produção de menor volume não necessitar equipamentos tão sofisticados e caros. Manoel eNeves conclui: “Em curto prazo, temos notícias não muito boas, porém com a volta do crescimento da economia, há razões para sermos otimistas.”
O estudo também revela que no ano de 2014 a produção brasileira de papéis para embalagens chegou a 5,4 milhões de toneladas, sendo o papel ondulado a principal aplicação (representando 84% do volume total produzido). Além disso, o estudo mostra uma tendência dos grandes produtores de buscar maximar a capacidade de conversão para assim assegurar sua competitividade no mercado e fornecer o produto acabado para consumidores de grandes volumes e em formados padronizados.
A distribuição regional das atividades desta indústria foi constatada como sendo maior no Nordeste e no Centro-Oeste, porém as regiões que mais consomem caixas de papelão, acessórios e chapas, são as regiões Sul e Sudeste, que representam 78% do volume consumido.
Por fim, o estudo da Pöyry mostra que o mercado brasileiro de acessórios, chapas e caixas de papelão ondulado tem baixa concentração, já que os principais fabricantes representam apenas 40% do volume total de produção, em comparação com os 80% que detém participação nos EUA e em países da Europa.
Fonte: EmbalagemMarca