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Setores público e privado no Brasil devem alocar cerca de R$233 bilhões até 2050 para alcançar a descarbonização

O Brasil se consolida como um dos principais players globais na transição energética, movimentando cifras que ultrapassam a marca de R$ 233 bilhões em investimentos até 2050. Com a crescente demanda por fontes renováveis e os compromissos firmados pelo país, o setor oferece oportunidades robustas para empresas e investidores, tanto no âmbito público quanto privado.

Nos últimos anos, a matriz energética brasileira passou por uma transformação expressiva. Em 2023, o Brasil alcançou um recorde de 10,3 gigawatts (GW) de capacidade instalada em energia elétrica, dos quais 87% provenientes de fontes renováveis, como usinas solares e fotovoltaicas. Ao todo, 291 novos empreendimentos entraram em operação, com impacto direto na economia nacional e na geração de empregos.

A aceleração desse movimento é respaldada por iniciativas como o Programa de Transição Energética (PTE), desenvolvido pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) em conjunto com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI). O PTE estabelece metas ambiciosas para que o Brasil alcance a neutralidade de carbono até 2050, destacando-se como uma das economias mais verdes do mundo.

Este mercado é impulsionado por uma sólida aliança entre os setores público e privado. Parcerias estratégicas com instituições como o Banco Mundial e o Ministério da Fazenda promovem investimentos em soluções climáticas e ecológicas, como o Fundo Clima e o Plano de Transformação Ecológica. Essas iniciativas estão voltadas para a ampliação da infraestrutura energética e o desenvolvimento de tecnologias que reduzam a emissão de carbono, contribuindo para a mitigação das mudanças climáticas.

As empresas que atuam no setor têm se beneficiado diretamente dessas movimentações. O aumento da demanda por energia limpa impulsiona não apenas o mercado local, mas também posiciona o Brasil como um fornecedor global de soluções energéticas renováveis. A diversificação da matriz energética, composta atualmente por 56,8% de energia hidráulica, é um reflexo das políticas de incentivo e do avanço tecnológico que têm atraído cada vez mais investimentos.

Com os recentes acontecimentos climáticos, como enchentes e secas, o cenário torna ainda mais evidente a necessidade de intensificar esses investimentos. O desenvolvimento de uma matriz energética resiliente é essencial não apenas para garantir a sustentabilidade ambiental, mas também para manter a segurança energética do país diante dos desafios impostos pelas mudanças climáticas.

Marcos Lima, coordenador de Negócios Sustentáveis do BV, acredita que essa sinergia entre o público e o privado é fundamental para que o Brasil se consolide como um líder global em energia renovável. Ele reforça que, para além dos ganhos econômicos, é imprescindível que o país mantenha sua trajetória rumo à descarbonização, garantindo um futuro mais sustentável para as próximas gerações.

Gustavo Fleming Martins

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