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Caos logístico no Brasil eleva custos e afeta importações e exportações

Problemas de infraestrutura e alta nos preços de frete impactam diversos setores

O Brasil enfrenta um novo cenário de crise logística em 2024, com impacto significativo nas importações e exportações. O aumento do preço do frete internacional, impulsionado pela escassez de contêineres e navios de transporte, tem sido uma das principais causas desse cenário. No final de setembro, o frete para a rota China-Brasil atingiu valores entre US$ 8,5 mil e US$ 9 mil nos portos do Sudeste, um salto expressivo em relação à média de US$ 1.200 no início do ano.

Esse aumento se intensifica na região de Manaus, onde o preço chegou a US$ 14 mil, incluindo uma taxa de US$ 5 mil para compensar a “taxa da seca”, que afeta as operações devido aos baixos níveis de água nos rios e portos da Amazônia. Essa seca, que começou com dois meses de antecedência em agosto, desestabilizou a cadeia logística em várias regiões do Brasil, afetando tanto a importação quanto a exportação de produtos de diversos setores, como eletroeletrônicos, químicos e grãos.

Além disso, o custo elevado de transporte impactou de forma crítica a Zona Franca de Manaus, onde importadores de insumos de baixo valor agregado, como resinas de polímeros, precisaram suspender compras de fornecedores asiáticos. A alta nos custos logísticos afetou diretamente a competitividade dessas indústrias, que dependem de matérias-primas estrangeiras.

Estima-se que os gargalos logísticos nos principais portos brasileiros, somados a esses aumentos de frete, provoquem um prejuízo anual de R$ 21 bilhões à economia nacional. A infraestrutura deficiente e as dificuldades de modernização dos portos agravam ainda mais a situação.

Gustavo Fleming Martins

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