O Grupo Grão de Ouro, fundado nos anos 1990 em Alfenas (MG), caminha para atingir R$ 2,1 bilhões em faturamento em 2025. Em 2024, a receita consolidada da holding foi de R$ 1,7 bilhão, resultado de operações em 17 estados nas áreas de comercialização de grãos, concessionárias New Holland, fábricas de ração, armazenagem e produção agropecuária. Mesmo com queda de preços no setor, o grupo aumentou o volume operacional, sinalizando resiliência e capacidade de adaptação às oscilações do mercado.
O braço mais relevante da empresa continua sendo o comércio de grãos, com perspectiva de transacionar 720 mil toneladas de milho, soja, sorgo e aveia neste ano. Em seguida, aparecem as vendas de máquinas agrícolas, segmento que responde por forte crescimento desde 2016, quando o grupo iniciou sua atuação no Tocantins e posteriormente expandiu para Maranhão e Pará. Atualmente, são nove lojas e projeção de novas unidades em andamento.
No setor de rações, a empresa mantém quatro unidades fabris em Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, com produção mensal de 9 mil toneladas, somando cerca de 100 mil toneladas por ano. A operação é dividida entre as marcas Nutrimax e Nutrividas, voltadas para pecuaristas e lojas do setor. Desde a inauguração da primeira fábrica em 2004, a linha de nutrição animal tem sido uma das frentes mais consistentes da expansão do grupo.
A vertical de armazenagem, origem do negócio, mantém quatro unidades próprias em Minas e segue relevante como apoio logístico para as demais operações. O grupo também cultiva 1.800 hectares com produção de grãos e café, por meio da Forte Grãos, e estuda entrada no mercado de sementes com a futura Interlagos Sementes.
A venda da rede de insumos agrícolas à Aqua Capital, em 2018, por valor que integrou o pacote de aquisições de R$ 400 milhões da futura AgroGalaxy, permitiu à família Souza redirecionar investimentos para áreas estratégicas e menos pulverizadas. O grupo optou por foco operacional e, desde 2023, conta com um conselho consultivo que inclui membros externos. A estrutura, mesmo ainda familiar, passa por um processo de profissionalização, buscando garantir governança e sustentabilidade para o próximo ciclo de expansão.