A Universal Studios inaugura esta semana o Epic Universe, seu primeiro novo parque temático em 25 anos. Com um investimento de US$ 7 bilhões, a nova unidade ocupa mais de 3 milhões de metros quadrados — o maior projeto da história do grupo. A movimentação financeira esperada gira em torno de US$ 2 bilhões no primeiro ano, não apenas com ingressos, mas também por meio de toda a cadeia de valor ativada pelo parque: hospedagem, alimentação, varejo e transporte.
O projeto inclui cinco áreas temáticas com alto potencial de atração de público global: Super Nintendo World, Wizarding World of Harry Potter, How to Train Your Dragon, Dark Universe e Celestial Park. A expectativa de visitação ultrapassa 20 milhões de pessoas por ano, o que deve ampliar o market share da Universal no setor de parques temáticos dos EUA, dominado pela Disney, que hoje responde por cerca de 45% da receita do segmento.
A construção e operação do Epic Universe já geraram mais de 65 mil empregos, com projeção adicional de 17.500 novas vagas permanentes. O impacto estimado sobre a economia norte-americana chega a US$ 11 bilhões ao longo dos próximos anos, de acordo com estudos divulgados pela própria Universal. Em termos comparativos, trata-se de um aporte superior ao da construção de aeroportos internacionais de médio porte.
A estratégia por trás do parque não se limita ao entretenimento, mas também reforça o posicionamento da Comcast, controladora da Universal, em diversificação de ativos de receita recorrente. Em 2023, o segmento de parques respondeu por US$ 8,9 bilhões na receita da Comcast, com crescimento de 21% em relação ao ano anterior. Com a entrada do Epic Universe, a companhia projeta elevar a contribuição do setor para mais de US$ 11 bilhões anuais até 2026, aumentando a margem EBITDA da divisão para 35%.