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Airwallex mira expansão no Brasil após atingir US$ 6,2 bilhões em valuation

A fintech australiana Airwallex alcançou um valuation de US$ 6,2 bilhões após levantar US$ 300 milhões em sua rodada Série F, elevando o total captado desde sua fundação para US$ 1,2 bilhão. Com foco em pagamentos B2B cross-border, a empresa tem sede em Cingapura e escritórios em Nova York, San Francisco, Toronto, Paris e, mais recentemente, iniciou operações no Oriente Médio com presença em Abu Dhabi, Dubai e Israel. Agora, volta sua atenção para América Latina com o Brasil no centro da estratégia.

A autorização concedida pelo Banco Central do Brasil em janeiro de 2025 permite que a Airwallex atue como instituição de pagamento no país, oferecendo contas locais, emissão de cartões, adquirência de pagamentos e integração com o sistema de open banking. O plano para 2025 inclui o lançamento de contas com identificação bancária em reais, suporte a Pix e Boleto, além de soluções completas para clientes internacionais que desejam operar no mercado brasileiro.

A movimentação ocorre em paralelo à aquisição da MexPago, empresa mexicana do setor de pagamentos, o que posiciona a Airwallex para operar nas duas maiores economias da América Latina. Segundo comunicado da própria fintech, o objetivo é consolidar uma infraestrutura própria em regiões onde o sistema financeiro tradicional ainda apresenta custos elevados, baixa integração e processos fragmentados — desafios comuns no fluxo financeiro entre empresas em mercados emergentes.

Em 2024, a Airwallex processou mais de US$ 130 bilhões em volume de pagamentos e atingiu uma receita anualizada de US$ 720 milhões, um crescimento de 90% sobre o ano anterior. A base de clientes ativos aumentou 50% no mesmo período, atingindo 150 mil empresas globalmente. A projeção para 2025 é alcançar US$ 1 bilhão em receita, reforçando o ritmo de crescimento e a capacidade de escalar suas operações com rentabilidade.

A entrada da Airwallex no Brasil coincide com um momento em que o país avança em regulação financeira moderna, como o open finance, e com o aumento da demanda por soluções de pagamentos internacionais por empresas exportadoras, marketplaces e plataformas SaaS. A participação da fintech nesse ambiente poderá ampliar a competitividade do setor de pagamentos cross-border, hoje dominado por players como EBANX, CloudWalk, Stripe e Payoneer. Com apoio de investidores como Salesforce Ventures, Visa Ventures e DST Global, a Airwallex posiciona-se para disputar market share relevante em um segmento com potencial de movimentar mais de US$ 300 bilhões na América Latina até 2027.

Gustavo Fleming Martins

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