Mineradora canadense com operações no Brasil, México e Honduras faz sua estreia no mercado americano para aumentar liquidez e impulsionar plano de crescimento global.
A mineradora Aura Minerals acaba de dar um passo decisivo para ampliar sua presença global no mercado de capitais. Na tarde desta segunda-feira, 7 de julho, a empresa lançou oficialmente sua oferta pública inicial (IPO) nos Estados Unidos, com planos de levantar US$ 210 milhões. Se houver forte demanda, a oferta poderá ser ampliada em 15%, atingindo até US$ 290 milhões.
O movimento marca a entrada da companhia na Nasdaq, sob o ticker AUGO, com a intenção clara de aumentar sua visibilidade entre investidores institucionais e reforçar a liquidez de suas ações. A operação será coordenada por pesos-pesados do mercado: BofA Securities e Goldman Sachs lideram como coordenadores globais, enquanto BTG Pactual, Itaú BBA, Bradesco BBI, RBC Capital Markets, Scotiabank e o National Bank of Canada atuam como coadjuvantes da oferta.
Com ações listadas na Bolsa de Toronto desde 2008 e BDRs negociados na B3 há cinco anos, a Aura agora avança para um listing triplo, uma estratégia que reflete sua ambição de se consolidar como uma mineradora com padrão global de governança, liquidez e acesso a capital.
A empresa é avaliada em cerca de US$ 1,95 bilhão e vive um momento de forte valorização: seus papéis acumularam alta de mais de 100% em 2025, embalados por uma série de avanços operacionais e estratégicos. Entre os destaques está a recente aquisição da mina Serra Grande, em Goiás, por US$ 76 milhões, uma adição importante ao seu portfólio de cinco operações ativas no Brasil, México e Honduras.
Além da ofensiva financeira, a Aura também divulgou nesta semana os resultados preliminares de produção do segundo trimestre. Foram 64.033 onças equivalentes de ouro, um crescimento de 7% em relação ao trimestre anterior. O destaque foi a mina Aranzazu, no México, com aumento de 9% na produção, seguida por Minosa (Honduras), com alta de 2%. No Brasil, a nova mina Borborema já iniciou sua fundição e deve declarar produção comercial até o fim do terceiro trimestre.
A listagem na Nasdaq é mais do que simbólica: representa um novo capítulo na trajetória da Aura Minerals, que une a solidez operacional de seus ativos na América Latina com o acesso ao maior mercado de capitais do mundo. A empresa aposta que essa visibilidade ampliada impulsionará novas aquisições, facilitará a expansão de seus projetos em desenvolvimento e aumentará a atratividade para investidores globais.
“A potencial listagem está em linha com a estratégia da companhia de maximização de valor aos acionistas e aumento da liquidez das ações”, destacou a mineradora em comunicado.
Com os motores operacionais aquecidos e um pipeline de crescimento promissor, a Aura agora testa seu brilho na vitrine mais competitiva do planeta: Wall Street.