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Vibra, Raízen e Ipiranga perdem 3% de mercado para informais em 16 meses

Informalidade avança no setor de combustíveis e pressiona líderes em estados com fiscalização deficiente, como Pará e Mato Grosso

Nos últimos 16 meses, as líderes do mercado de distribuição de combustíveis no Brasil, Vibra, Raízen e Ipiranga, perderam cerca de 3 pontos percentuais de market share para agentes informais, segundo dados recentes analisados por grandes bancos e consultorias do setor. Essa erosão de participação reflete o avanço de distribuidores que operam à margem da legislação fiscal e ambiental, desafiando o modelo tradicional de negócios.

O movimento é especialmente intenso em estados como Pará, Mato Grosso e Rio de Janeiro, onde a fiscalização é considerada menos rigorosa. Nesses mercados, o crescimento da informalidade está associado à evasão fiscal, não adição obrigatória de biodiesel no diesel B, e à venda de etanol e gasolina sem rastreabilidade, práticas que geram vantagem competitiva para players que não seguem as mesmas regras.

Segundo especialistas, distribuidoras informais já detêm 13% do mercado de etanol, 6% de gasolina e 7% de diesel no Brasil, pressionando as margens das operadoras tradicionais e provocando distorções que impactam toda a cadeia.

Em Minas Gerais, apesar de iniciativas mais robustas de controle adotadas pelo governo estadual, incluindo monitoramento em tempo real e fiscalização de fronteiras, as grandes distribuidoras também perderam participação. Isso demonstra a complexidade e a velocidade com que a informalidade vem se alastrando no setor.

Executivos das empresas afetadas e analistas de mercado destacam a urgência de uma ação coordenada entre governos estaduais e federais, Receita Federal e ANP, para estancar o avanço desse mercado paralelo. Apenas o fechamento de distribuidoras irregulares, como ocorreu recentemente com a Copape, não tem sido suficiente: novas empresas surgem rapidamente no lugar, mantendo a cadeia informal ativa.

O aumento da informalidade traz riscos não apenas para os players tradicionais, mas também para consumidores, meio ambiente e arrecadação tributária, pilares fundamentais da operação regulada desse mercado estratégico.

Gustavo Fleming Martins

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