A Comissão Europeia estuda alterações no AI Act após pressão de grandes empresas de tecnologia norte-americanas. O documento preliminar indica que sistemas de inteligência artificial classificados como de “alto risco” poderão ser dispensados de registro obrigatório quando aplicados em funções limitadas e sob supervisão corporativa. A medida busca equilibrar a regulação com a competitividade, diante da crescente participação de companhias estrangeiras no mercado europeu de IA, estimado em R$480 bilhões em 2025.
A flexibilização ocorre em um cenário de desaceleração nos investimentos em IA na Europa, que caíram 12% no primeiro semestre de 2025, somando R$41 bilhões, segundo a Dealroom. Em contrapartida, os Estados Unidos captaram R$210 bilhões no mesmo período, liderados por Amazon, Microsoft e OpenAI. As Big Techs defendem que o excesso de regulação pode limitar a adoção de tecnologias autônomas, principalmente em setores estratégicos como saúde, energia e transporte.
A proposta também inclui revisão do regime de auditoria e simplificação das exigências de transparência para modelos fundacionais, responsáveis por cerca de 68% da capacidade computacional usada em IA generativa na Europa. Caso aprovada, a revisão poderá reduzir custos de conformidade em até R$8 bilhões anuais, fortalecendo o ambiente de inovação regional e aproximando o bloco das práticas regulatórias dos Estados Unidos e Reino Unido.