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Artigo: Do papel pardo às embalagens

Do papel pardo às embalagens
* Por Sidney Anversa Victor e Pedro Vilas Boas

Das mercadorias embrulhadas em papel pardo ou jornal no próprio ponto de venda, há mais de 50 anos, até os produtos alimentícios oferecidos no comércio já devidamente embalados em papel-cartão nas fábricas, a revolução nesse campo foi gigantesca. O acondicionamento e proteção de produtos são, agora, apenas uma das funcionalidades da embalagem.

A embalagem de papel-cartão representa atualmente cerca de 46% de toda a produção do parque gráfico nacional. Os atributos desse material para as indústrias alimentícia, farmacêutica, de cosméticos, higiene pessoal e limpeza, dentre outras, vêm consolidando o produto como preferencial do chão de fábrica ao consumidor final.

O desenvolvimento da embalagem em papel-cartão, com impressão e acabamento sofisticados, ajuda hoje produtos a terem promoção, interação e comunicação com o consumidor, pelo fato de se poder inserir conteúdos informativos em sua superfície de maneira lúdica e atraente. Outro ponto forte é a qualidade das cores e imagens, recursos gráficos que resultam em embalagens mais bonitas e expressivas.

O fato é que a embalagem em papel-cartão tornou-se uma espécie de outdoor do produto, representando para a maioria dos itens dispostos em gôndolas o único meio de exposição, divulgação e apelo de venda — de acordo com pesquisas recentes, 90% dos produtos em pontos de venda não têm qualquer apoio de comunicação, como campanha de propaganda, publicidade ou marketing.

Com infinitas possibilidades de formas e espessura, no aspecto da logística e distribuição, tem enorme contribuição por ser resistente, versátil e de fácil transporte, agregando ainda mais valor ao material. No âmbito socioambiental, tornou-se reconhecido item de proteção ao meio ambiente, já que o processamento de papel-cartão é proveniente, em sua totalidade, de florestas plantadas para fins industriais. As florestas plantadas, em seu período de crescimento e até o corte, sequestram grande quantidade de carbono na atmosfera, ajudando de modo direto na contenção do aquecimento global.

Além disso, a embalagem de papel-cartão é totalmente biodegradável e 100% reciclável pós-consumo – o Brasil recicla 3,8 milhões de toneladas por ano de papel-cartão e reaproveita 100% das aparas pré-consumo do mesmo material.

Assim, o estímulo ao uso da embalagem em papel-cartão tornou-se fundamental nos dias de hoje. Os aspectos positivos que proporcionam ao usuário final — com qualidades diversas de manuseio e capacidade informativa; aos negócios — pela facilidade de operação logística e promocional —; e ao meio ambiente, são argumentos decisivos para acreditar em uma expansão ainda mais significativa do material no cotidiano do brasileiro.

* Sidney Anversa Victor é diretor do GE-EMBA – Grupo Empresarial de Embalagens da ABIGRAF – Associação Brasileira da Indústria Gráfica, região de São Paulo. Pedro Vilas Boas é executivo de Estatística e Produto da BRACELPA – Associação Brasileira de Celulose e Papel.

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