Setor prevê 12 milhões de unidades vendidas em 2025, maior que os tradicionais
A China, maior mercado automotivo mundial, caminha para um marco em 2025: pela primeira vez, os veículos elétricos deverão superar os de combustão em vendas. O país deve registrar um crescimento de 20% nas vendas de elétricos, alcançando 12 milhões de unidades, mais que o dobro do volume de 5,9 milhões em 2022, segundo estimativas de bancos de investimento e grupos de pesquisa.
No mesmo período, o mercado de carros tradicionais enfrentará uma queda de mais de 10%, com vendas previstas abaixo de 11 milhões de unidades, representando uma redução de quase 30% em relação aos 14,8 milhões comercializados em 2022.
Esse desempenho reflete a consolidação da indústria chinesa de veículos elétricos, com cadeias de suprimento globais e custos de fabricação reduzidos. A expansão permitiu que os preços desses veículos se tornassem mais acessíveis, impulsionando o consumo no mercado interno. Estima-se que, em 2024, cerca de 90 novos modelos sejam lançados, 90% deles elétricos, indicando a robustez da oferta no setor.
Enquanto a China avança, mercados tradicionais como Estados Unidos e Europa enfrentam desafios para acompanhar o ritmo. Lentidão na adoção tecnológica, incertezas sobre subsídios e o aumento do protecionismo contra produtos chineses impactam o desempenho desses países.
No entanto, o mercado chinês enfrenta suas próprias dificuldades. A intensa competição entre fabricantes e uma guerra de preços desafiam a lucratividade do setor. Especialistas apontam que o excesso de modelos e a rivalidade levarão à consolidação, com a sobrevivência apenas dos maiores players.
Em escala global, a China lidera o segmento de veículos elétricos, destacando-se como protagonista do futuro da mobilidade sustentável, enquanto outras regiões lutam para sustentar a transição.