Mudança nos hábitos de consumo já se reflete no mercado de embalagens
Preferência dos consumidores determina crescimento das embalagens de papel cartão
Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (ABIGRAF Nacional), baseados em informações do IBGE, a produção de embalagens impressas teve crescimento de 1% em março de 2012, na comparação com o mesmo mês do ano passado. O índice reflete, por um lado, um declínio na produção de embalagens de plástico (-12%) e, por outro, um importante crescimento de 3,9% das embalagens impressas em papel e papelão.
A mesma tendência apresenta-se nos dados trimestrais e dos últimos 12 meses. No primeiro trimestre de 2012, a produção relativa ao grupo gráfico de embalagens cresceu 2,05% em relação a igual período de 2011. O desempenho positivo deveu-se à expansão de 4,7% das embalagens impressas de papel cartão, que neutralizou a queda de 8,7% das impressas de plástico.
Nos doze meses contados de abril de 2011 a março de 2012, frente aosdoze meses imediatamente anteriores, a atividade do segmento de embalagens apresentou crescimento de 2,05% na sua produção, como decorrência da queda de 6,51% na atividade de produção das impressas em plástico e, em sentido oposto, do crescimento de 3,87% nas impressas em papel cartão.
“O crescimento contínuo na produção de embalagens impressas em papel é fruto da alteração nos padrões de consumo da população, que busca cada vez mais produtos renováveis e recicláveis”, salienta Fabio Arruda Mortara, presidente da ABIGRAF Nacional. Ele acredita ser cada vez maior o grau de consciência da população, sobre os desafios relativos ao meio ambiente, à reversão do aquecimento global e ao consumo responsável”.
Lembra que a ABIGRAF Nacional, juntamente com outras 25 entidades declasse, realiza a Campanha de Valorização do Papel e da Comunicação Impressa, que objetiva difundir a propriedade sustentável, renovável e reciclável desse insumo. “É sempre importante lembrar que, em nosso país, cem por cento do papel destinado à indústria gráfica advêm de florestas cultivadas, que, além de dispensarem o corte de matas nativas, ainda sequestram imensas quantidades de carbono na atmosfera durante seu período de crescimento”. A sociedade parece entender cada vez mais essa questão”, conclui o presidente da ABIGRAF Nacional.