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Tinta de grafeno pode ser utilizada em circuitos impressos

Tinta de grafeno pode ser utilizada em circuitos impressos de embalagens

   

O grafeno está sendo fonte de pesquisas em todo o mundo, sendo uma substância 200 vezes mais forte que o aço, porém da espessura de um átomo, fazendo com que empresas e universidades tentem compreender, patentear e lucrar com este material. É o material mais fino que se conhece, mas é extremamente forte, leve e flexível. Tem uma capacidade excepcional de conduzir eletricidade e calor e de absorver e emitir luz.

 

Os cientistas isolaram o grafeno há apenas uma década, mas algumas empresas já estão elaborando produtos com ele. Empresas como Apple,  Saab e a Lockheed Martin já pediram ou receberam patentes para usá-lo. "O grafeno é um tipo de material, como o aço, plástico ou silício, que pode realmente transformar a sociedade", diz Andrea Ferrari, chefe de um grupo de cerca de 40 pesquisadores de grafeno na Universidade de Cambridge.

 

Uma das áreas mais promissoras é a tinta de grafeno, usada para fabricar circuitos impressos, que algumas empresas já começaram a vender. A BASF SE está experimentando a tinta de grafeno para imprimir circuitos flexíveis dentro de estofamentos, capazes de aquecer o assento dos carros – tecnologia que, segundo a empresa, pode chegar ao mercado em poucos anos. Num estudo publicado há cinco anos, pesquisadores da Universidade de Columbia concluíram que era o material mais forte já medido.

 

A Vorbeck Materials dos EUA fabrica uma tinta de grafeno que, segundo a empresa, está sendo usada para imprimir circuitos em embalagens antifurto em algumas lojas americanas. A Bluestone Global, outra empresa novata dos EUA, fabrica folhas de grafeno que, segundo ela, vende para clientes nos EUA, China e Cingapura. "Dentro de meio ano, o grafeno será usado para telas sensíveis ao toque em celulares à venda no mercado", prevê Chung-Ping Lai, diretor-presidente.

 

A descoberta do grafeno também levou os cientistas a procurar muitos outros materiais bidimensionais com propriedades incomuns, diz Andre Geim, da Universidade de Manchester, no Reino Unido, cientista nascido na Rússia que em 2010 ganhou o Prêmio Nobel de Física com seu colega Konstantin Novoselov, por seu trabalho com o grafeno. "O grafeno abriu um mundo material que nós nem sabíamos que existia", diz Geim.

 

A maior esperança para o grafeno no curto prazo está na eletrônica de alta velocidade e em circuitos flexíveis, devido à demanda esperada para uso em telas eletrônicas flexíveis. Empresas como Samsung e Nokia pediram patentes para diversas utilizações do grafeno em dispositivos móveis.  Os circuitos de grafeno prometem ser, futuramente, mais baratos do que outros materiais condutores como o cobre e a prata, pois pode ser feito a partir do grafite – um material abundante, que se vê nos lápis comuns – e também pode ser criado pela combinação de certos gases e metais ou sintetizado a partir de materiais sólidos de carbono.

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